16/02/2024 às 15h18min - Atualizada em 16/02/2024 às 15h18min

Fevereiro Roxo alerta para diagnóstico precoce de Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia

Embora tenham classificações médicas e aspectos clínicos distintos, as três são classificadas como crônicas

Foto: Freepik
Além da folia do Carnaval, o segundo mês do ano também é marcado pela campanha “Fevereiro Roxo”, que busca conscientizar sobre Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia. Embora tenham classificações médicas e aspectos clínicos distintos, as três são classificadas como crônicas, ou seja, sem cura.

Ligado à perda de lembranças e ao esquecimento de entes queridos e de si mesmo, o mal de Alzheimer é a doença mais conhecida. Os sintomas são progressivos e passam por fases, indo desde perda de memória, desorientação, indecisão e depressão, passando por alteração na personalidade, na fala, alucinações, repetições, má coordenação, incontinência sanitária, inanição e alienação, chegando até o mutismo, perda de movimentos, infecções e morte.

Embora não tenha cura, o cuidado é mais eficaz em casos diagnosticados precocemente, proporcionando mais qualidade de vida ao portador. O tratamento é variado, de acordo com os sintomas presentes em cada caso, e buscam retardar a evolução da doença.

A prevenção inclui dieta equilibrada e saudável, atividade física regular e fuga de tóxicos, bem como prevenir problemas cardiovasculares, diabetes, colesterol e hipertensão. Na maturidade, manter o cérebro ativo por meio de leituras, passatempos e jogos de lógica também ajuda.

“Ao envelhecer, o ser humano tem maior probabilidade de desenvolver demências. Estimativas apontam que até 2050 a população mundial com Alzheimer deve triplicar, indo a aproximadamente 150 milhões de indivíduos”, conta Dr. Alessandro Sousa, neurologista do Hospital São Luiz Campinas.

Só no Brasil de hoje, cerca de 4,2 milhões de cidadãos têm demência ou declínio cognitivo leve, de acordo com a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer).

“Para não ser parte dessas estatísticas é importante ficar atento e evitar alguns fatores que, de acordo com estudos, podem aumentar o risco de degeneração mental. São eles: baixa escolaridade, perda auditiva, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, alcoolismo, traumatismo cranioencefálico, sedentarismo, depressão, tabagismo, isolamento e poluição”, alerta o médico.

Para o especialista, os desafios em controlar o Alzheimer devem seguir progredindo, já que dados da ABRAz apontam que pelo menos um milhão de idosos brasileiros têm o mal sem diagnóstico.

“A avaliação médica com neurologista ou geriatra é primordial. Na Rede D’Or temos o Programa Longevidade D'Or, com o intuito de promover um atendimento ao público 60+. Nos casos confirmados de Alzheimer, os pacientes contam com uma enfermeira navegadora, que desempenha o papel de guia e referência ao longo da jornada”, destaca Dr. Alessandro Sousa.

Já o Lúpus (Lúpus Eritematoso Sistêmico), é uma enfermidade autoimune, que faz o sistema de defesa do próprio corpo atacar tecidos saudáveis. Possui características inflamatórias e destrutivas em órgãos como pele, rins e cérebro e, se não tratado, tem potencial mortal.

O diagnóstico de Lúpus é complexo, por se apresentar clinicamente de maneira muito heterogênea. Exames de sangue, urina e de imagem juntamente com a avaliação de um reumatologista são fundamentais. Mesmo sem cura concreta, a probabilidade de melhora é alta no tratamento com proteção solar, corticoides e imunossupressores, que reduzem manifestações graves e buscam proporcionar uma rotina normal ao paciente.

Para prevenção, hábitos saudáveis e proteção solar são essenciais. Estudos dizem que os gatilhos podem vir de fatores como hormônios, hereditariedade e variáveis externas. Em termos de predisposição, a doença pode ocorrer em qualquer pessoa, com maior incidência em mulheres de 15 a 40 anos.

Fibromialgia
Menos conhecida das três, a Fibromialgia classifica-se como uma síndrome miofascial. “É uma dor crônica generalizada associada à fadiga, insônia, ansiedade e depressão, e mais comum em mulheres de 30 a 50 anos. A causa da doença ainda não está bem estabelecida, mas estudos indicam uma ativação das vias de transmissão do estímulo doloroso a nível cerebral”, explica Dra. Ana Paula.

Os cuidados incluem fisioterapia, atividade física, analgésicos, acupuntura e infiltrações dos pontos dolorosos. Para evitar crises, é necessário um estilo de vida saudável e o seguimento com fisioterapeuta e educador físico, para elaboração de plano de ergonomia, além de identificar os gatilhos e mitigar os fatores de risco.


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