10/03/2023 às 13h45min - Atualizada em 10/03/2023 às 13h45min

Março Amarelo e Lilás alerta para os cuidados da saúde da mulher

Campanha nacional tem como finalidade conscientizar a sociedade sobre os sinais, sintomas, prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero e da endometriose

- Foto: Reprodução / Gov.br

Neste mês, além das comemorações sobre o Dia Internacional das Mulheres, começou a campanha nacional “Março Amarelo e Lilás”, que tem como finalidade conscientizar a sociedade sobre os sinais, sintomas, prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero e da endometriose – doenças que afetam diretamente as mulheres.

Março Amarelo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, a endometriose atinge cerca de 176 milhões de mulheres, sendo mais de 7 milhões somente no Brasil. A endometriose é uma doença comum e benigna, que ocorre quando o endométrio (mucosa que reveste a parede interna do útero) cresce em outras regiões do corpo.

Em um contexto histórico o Yellow March teve início em 1993 com a ativista americana, Mary Lou Ballweg, nos Estados Unidos, em uma mesa-redonda promovida pela The Endometriosis Association, que entendeu que a discussão sobre endometriose precisava ser mais reconhecida e decidiu estender a conversa pelo mês inteiro.

O ginecologista Patrick Bellelis, especialista em endometriose, reforça que sem o tratamento adequado, a paciente pode ficar cada vez mais incapacitada de seguir com sua rotina. “Nem sempre o diagnóstico é realizado da melhor forma logo de início, podendo levar até 10 anos para ser feito, por conta de considerarem a dor algo rotineiro do ciclo menstrual. Porém, quando começa a afetar a qualidade de vida da mulher, é preciso investigar a fundo o possível desenvolvimento da doença”.

Principais sintomas da endometriose

Dos principais sintomas afetam de forma severa a vida da mulher, se destacam as cólicas de forte intensidade e a dificuldade em engravidar. Além disso, a endometriose também pode causar dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar e dores nas costas. Outro sinal de atenção é sentir os sintomas fora do período menstrual. A indicação do especialista é que, ao sentir qualquer coisa fora do normal durante o ciclo, procure um ginecologista para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes.

“É comum que as pacientes procurem ajuda médica apenas porque estão com dificuldades de engravidar, assim como há casos, infelizmente, de mulheres que procuram diversos profissionais até conseguirem um diagnóstico correto. As mulheres precisam observar seu corpo, estar atentas aos sinais e investigar qualquer sintoma, porque o diagnóstico precoce é capaz de prevenir sequelas e permitir um tratamento que pode garantir o controle da endometriose e a qualidade de vida”, finaliza Bellelis.

Março Lilás

Câncer de útero, conforme dados oficiais, é a terceira doença mais frequente entre a população feminina no país, ficando atrás do câncer de mama e de colorretal.

Promovida pelo Ministério da Saúde, a campanha Março Lilás tem como intuito conscientizar a população sobre a prevenção e no enfretamento do câncer de colo do útero, que ocupa a quarta causa de morte de mulheres.

Como prevenir?

A prevenção primária do câncer do colo do útero está atrelada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção acontece por via sexual, presumidamente através de abrasões (desgaste por atrito ou fricção) microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

Sinais e sintomas

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.


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