18/10/2022 às 15h47min - Atualizada em 18/10/2022 às 15h47min

Médica destaca importância de vacinação contra a meningite

A doença provoca a inflamação do sistema nervoso central

- Foto: Freepik

O Jornal da Economia conversou na última quinta-feira (13) com a médica alergologista e pediatra Dra. Ducilene Alves sobre a vacinação infantil, mais especificamente acerca da Meningite Bacteriana, doença grave que vem tendo surtos na cidade de São Paulo. A meningite provoca a inflamação do sistema nervoso central, e a bactéria mais popular é conhecida como Neisseria meningites, também chamada de meningococo, cujos sorotipos mais comuns são: A, B, C, W e Y.

Atualmente, nas redes básicas, existe a prevenção somente do tipo C, mas, em clínicas particulares, é disponibilizada a de todos os sorotipos. A profissional, que é diretora na DBA – Clínica de Alergia e Centro de Vacinação, falou através da nossa reportagem com o objetivo de alertar não só pais ou responsáveis diante da imunização contra a doença em crianças, mas o público de todas as idades.

“O assunto hoje é sério. As vacinas da meningite estão aí, aqui na clínica nós temos vários tipos de imunizante, cada uma mais adequada para uma determinada idade. Chegaram agora também as vacinas para adolescentes e para pessoas adultas contra a meningite A, C, W e Y. Essa doença mata e pode também trazer sequelas, então não deixem de se prevenir e não permitam que a doença tome conta de seus entes queridos. Nós da DBA Clínica estamos à disposição para atendê-los, em nossa clínica ou em domicílio”, disse a Dra. Ducilene.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vacinou 30 mil pessoas contra meningite meningocócica. A imunização ocorreu nos distritos de Vila Formosa e Aricanduva, na Zona Leste da capital, depois do surto localizado da doença.

Meningite

A meningite é distinta por conta de uma inflamação das meninges (presentes no cérebro e medula espinhal) motivada por bactérias, fungos, vírus e parasitas, mas também pode surgir em processos inflamatórios, como o câncer (metástases para meninges), reação a algumas drogas, traumatismo craniano, lúpus e cirurgias cerebrais.

A doença, a mais comum no quadro de DM (doença meningocócica) é provocada por uma bactéria chamada meningococo. Há diversos sorogrupos, porém o que gerou o surto em São Paulo é o sorogrupo C. A meningite é considerada muito grave e a cada 10 pacientes, dois morrem, em média.

Entre os sintomas, conforme o manual MSD, são dor de cabeça, náuseas, rigidez na nuca, sensibilidade à luz e letargia (estado de profunda inconsciência). Ao longo do tempo, o paciente também pode ter tremores, delírio e convulsões.

O Ministério da Saúde ainda adverte que bebês podem ter sinais mais sutis da meningite, como vômito, reflexos anormais, irritabilidade ou má alimentação.

Transmissão

De modo mais amplo, a transmissão acontece de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias – por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Existe também a transmissão fecal-oral, pela ingestão da água e alimentos contaminados e/ou contato com fezes.

Crianças, em especial, são o grupo de risco, sobretudo as menores de um ano. Já os adolescentes representam a faixa etária que mais transmite a bactéria.

Em caso de suspeita da doença, o recomendado é que o paciente procure urgentemente um hospital para atendimento médico e confirmação por exames, como o teste quimiocitológico do líquor (realizado com a extração do líquido da região lombar).


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://jeonline.com.br/.