Ex-prefeito de Araçariguama é condenado por droga no carro de vereador

O ex-prefeito de Araçariguama, Roque Normélio Hoffmann, foi condenado a 6 anos de prisão por mandar colocar drogas no carro de um vereador em 2009. A decisão, publicada na sexta-feira (1º), é do juiz Flavio Roberto de Carvalho, do Fórum de São Roque.

Além do ex-prefeito, também foi condenado Ivair Serafim dos Anjos, ex-servidor da Prefeitura de Araçariguama, a sete anos e quatro meses.

O juiz finalizou que Ivair, com ajuda de um outro envolvido, que morreu durante a tramitação do caso, adquiriu entorpecente e o escondeu no veículo do vereador Carlos Romero Francisco de Oliveira, quando foi acionada a polícia, o que levou à prisão em flagrante.

"Chama atenção que a prisão de Carlos afastou principal adversário político de Roque, ou seja, existiu benefício em favor do acusado com a manobra apoiada e executada por Ivair que na época trabalhava junto ao réu", afirmou o juiz.

Foi verificado, de acordo com a sentença, que o tráfico aconteceu quando a finalidade era colocar drogas no veículo do parlamentar.

O juiz também destacou que ameaças foram cometidas quando já estava em curso a investigação policial. "Diante das circunstâncias subjetivas negativas dos réus e das penas aplicadas, fixo para ambos, o regime fechado para início de cumprimento de pena."

Os réus continuaram soltos durante a instrução. Ainda cabe recurso, segundo informações do Portal G1.

O que diz a defesa

Em nota divulgada, o advogado do ex-prefeito Roque Normélio Hoffmann, Luciano Santoro, informou que:

"O ex-prefeito Roque Normélio Hoffmann não teve nenhuma participação nos fatos imputados e a defesa confia que a decisão do juiz de piso será reformada, porque desassociada do conjunto probatório e juridicamente equivocada. O processo ainda será analisado pelo Tribunal de Justiça paulista e, neste momento, conforme manda a Constituição Federal, o ex-prefeito é inocente".

O advogado de Ivair Serafim dos Anjos, Glauber Bez, se pronunciou dizendo que vai recorrer a decisão. "Não concordamos com a decisão e nem com a pena e acredito que o tribunal pode mudar essa decisão. Já estamos preparando o recurso para a Segunda Instância".