01/07/2022 às 12h58min - Atualizada em 01/07/2022 às 12h58min

Terreno da antiga quadra poderá ser leiloado pela Prefeitura de São Roque

Vereadores questionam projeto do Executivo que pretende leiloar oito imóveis

- Fotos: Carlos Mello
Da Redação: Ana Laura Gonzalez

Durante Sessão Ordinária da última segunda-feira (27), na Câmara de São Roque, vereadores discutiram e aprovaram alguns dos Projetos de Lei que fazem parte do pacote anunciado pelo prefeito Guto Issa em transmissão ao vivo no dia 20 de junho, data em que o chefe do Executivo pediu apoio do Legislativo Municipal para a aprovação dos recursos.

Dentre os projetos enviados por Guto Issa, foram aprovados nesta última segunda os de nº 63, 65, 67, 69 e 70, sendo eles:

Nº 63/2022: consiste em pouco mais de R$ 6 milhões, recurso para abrigo, iluminação pública com led. Ao todo, serão aproximadamente R$ 3,3 milhões para led em São Roque. “A gente sabe que São Roque é uma cidade escura, e vamos fazer ela toda iluminada até o final do governo”, pontuou o prefeito.

Nº 65/2022: aquisição de veículos, 400 computadores e 100 notebook para a Educação, secretarias, um caminhão para educação, distribuição novos kits escolares em agosto. Segundo a Prefeitura, também ocorrerá manutenção predial nas escolas e, no total, serão investidos R$ 13 milhões e 550 mil.

Nº 67/2022: crédito de R$ 7,5 milhões no total para a construção da Escola do Futuro (instituição de ensino que será construída em Maylasky); investimento em cursos de formação dos Profissionais do Magistério e Educação Básica; reforma da escola José Luiz Pinto, em Gabriel Piza, que apresenta trinca estrutural profunda, e problemas na quadra. “Ideia é que os alunos retornem o quanto antes”, disse o governante, que também solicitou aos vereadores para que “não atrasem a obra”.

Nº 69/2022: professores ganharão isonomia/hora aula.

Nº 70/2022: crédito de R$ 1 milhão e 45 mil. Emenda do deputado Vítor Lippi no valor de R$ 200 mil para o investimento no desenvolvimento de esportes olímpicos e paraolímpicos nos polos indicados pela Divisão de Esportes do município.

Leilão de imóveis

Em relação ao projeto de lei nº 71/2022, também uma pauta do Legislativo, que dispõe sobre a venda de oito imóveis municipais que a administração não utiliza, foi sugerido pelo vereador Paulo Juventude que ele fosse apreciado na sessão da próxima semana, diante da necessidade de “estudar mais sobre cada propriedade”. O adiamento da apreciação recebeu votos favoráveis de outros parlamentares e aprovado posteriormente, apesar de ela ser brevemente mencionada por vereadores.

Durante sua fala, Guilherme Nunes defendeu a capacidade do projeto e argumentou que a alienação à venda desses oito imóveis, sendo um deles a quadra abandonada que fica no fim da marginal, se tornará em mais de R$ 10 milhões de recursos diretos para o município, que “serão investidos tanto no esporte, quanto em outras finalidades do Poder Público”.

O parlamentar ainda considerou que no projeto constam avaliações do CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) que, segundo ele, tem a competência de avaliar os bens municipais de forma correta. “Os imóveis vão para leilão com o valor correto de venda, e isso é um valor mínimo. Então no leilão essas propriedades podem atingir valores muito maiores do que os que foram propostos. A gente espera que esse projeto seja aprovado o quanto antes, porque ele é muito importante”, destacou Nunes.

Já os vereadores Cabo Jean e Alexandre Pierroni se posicionaram contrários ao projeto e questionaram a proposta do prefeito. “Quer vender imóvel num momento que não para de alugar. Isso é um absurdo! Aí vem com esse projeto querendo vender aquilo que o município tem, ainda que justificado em benefícios a serem revertidos. Mas o engraçado é que a Prefeitura teve R$ 56 milhões de superávit e não falta dinheiro para a CEJAM, para a Jundiá e para muitas coisas, mas falta para outras. Sou completamente contrário a este projeto e isso é um tapa na cara da população são-roquense”, disse Cabo Jean.

No dia 20 de junho, Guto Issa explicou sobre a pretensão de leiloar os imóveis. “A prefeitura tem muitos imóveis e alguns ela não usa. A gente vai rever. A prefeitura tem imóveis que não utiliza, como a quadra abandonada há 12 anos da marginal. O programa de leilão de imóveis é para investir esse dinheiro ao povo. Colocaremos para vender oito imóveis, avaliados em mais de R$ 9 milhões. Esse recurso não pode ser usado para pagar contas ao município, é para investir”, declarou ele.

Ainda segundo o governante, com a venda das propriedades poderão ser realizados investimentos como parte da pavimentação próximo da divisa com Vargem Grande, da Estrada Aguassaí, a construção de mais 5 “Areninhas”, que estão em processo de convênio com o Estado, além da reforma do Quintinão.


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