17/05/2022 às 15h08min - Atualizada em 17/05/2022 às 15h14min

Projeto de fertilizantes garante redução da dependência de insumos importados

Fábrica Potássio do Brasil pretende gerar mais de três mil empregos no interior do Amazonas e promover mais de 30 programas socioambientais

- Foto: Divulgação
Assessoria de Imprensa

A redução da dependência da importação de fertilizantes de países como a Rússia, Bielorrússia, Canadá e Israel será uma das consequências mais significativas do projeto da Potássio do Brasil no município de Autazes (AM). O projeto industrial prevê a fabricação de fertilizantes de cloreto de potássio granulado (KCI), um dos minerais mais importantes para o setor. Atualmente, o Brasil importa 90% do potássio que consome.

O enquadramento do empreendimento na legislação tributária do Amazonas permitirá maior competitividade do produto produzido na região em relação ao produto importado, cujos resultados se converterão em benefícios para população amazonense e brasileira.

Em média, 2.600 empregos diretos devem ser gerados somente durante a fase de construção da planta fabril, que deve durar entre três e cinco anos, fora os empregos indiretos. Já durante a fase de operação da fábrica de fertilizantes de cloreto de potássio, serão criados cerca de 1.300 postos de trabalho diretos e 16.900 indiretos. A previsão é que a fábrica permaneça operativa por mais de 23 anos.

Outro benefício previsto é que, no mínimo, 80% da mão de obra contratada para a fase de operação do empreendimento será local, o que deve contribuir de maneira expressiva para o incremento da renda da população local e para o crescimento da economia regional por meio de venda de bens e prestação de serviços.

Agricultores brasileiros terão acesso à fertilizantes de alta qualidade por preços mais baixos

Atualmente, o projeto da Potássio do Brasil está em fase de licenciamento ambiental, que inclui consulta ao povo indígena Mura de Autazes e Careiro da Várzea. Após obter o licenciamento ambiental, serão realizadas a implantação e a posterior operação, garantindo receitas tributárias para Autazes, para o estado do Amazonas e para a União, decorrentes tanto da circulação de bens e serviços da longa cadeia de suprimento quanto da comercialização de sua produção.

Além de reduzir a dependência nacional do cloreto de potássio importado de outros países, beneficiando o agronegócio brasileiro – que respondeu por 27,4% do PIB nacional em 2021 - o Projeto Potássio Autazes colocará o Amazonas no ranking de maior produtor do fertilizante no país.

Quando atingir a produção média de 2,4 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano, a oferta desse insumo corresponderá a cerca de 20% do volume consumido no Brasil. O agricultor brasileiro terá uma grande vantagem: o acesso a um produto de alta qualidade, de forma mais rápida e com menores custos, estando protegido das oscilações cambiais.

Para o agricultor do Amazonas, os preços serão ainda mais baixos em relação aos preços atualmente praticados na região em função da proximidade da fábrica ao consumidor final.

Resíduos do cloreto de sódio serão empilhados de maneira ambientalmente segura

No plano de operação da Potássio do Brasil, a empresa prevê a extração do potássio a 800 metros de profundidade e por meio de um sistema de alta tecnologia. A lavra do minério é totalmente subterrânea, sem qualquer influência no modo de vida da superfície.

Ao chegar à superfície, o mineral passará por um processamento, que consiste na separação do cloreto de potássio dos demais materiais presentes na rocha. O produto da Potássio do Brasil terá um teor de 95% de KCl, atendendo as especificações do mercado consumidor. Os resíduos, basicamente cloreto de sódio (sal de cozinha), serão empilhados com total segurança em relação ao meio ambiente e, depois de alguns anos, retornarão para os espaços vazios no subsolo criados com a retirada do minério. Ao final da vida útil do projeto, nenhuma estrutura e nenhum resíduo permanecerão na superfície.

Toda a infraestrutura utilizada para colocar a fábrica em funcionamento beneficiará a população local. Será implantada uma linha de transmissão de energia de cerca de 165 km de extensão, a partir da qual a concessionária  poderá disponibilizar parte da transmissão para cidades e comunidades próximas. Além disso, será recuperada uma estrada de 12 km de extensão que interliga as comunidades da Vila de Urucurituba e Soares, hoje em precárias condições, na qual serão reconstruídas duas faixas de rolamento para transporte do cloreto de potássio até um porto flutuante de grande porte, no Rio Madeira, que também será erguido pela Potássio do Brasil para embarque do fertilizante por meio de barcaças.

De acordo com o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, o projeto atende às demandas de diversificação econômica (fruto da dependência da Zona Franca de Manaus) e de interiorização (atualmente com desenvolvimento muito concentrado em Manaus) do Amazonas.

“O Projeto Potássio Autazes trará um incremento significativo ao Índice de Desenvolvimento Humano – IDH de Autazes e de toda a região. Vários aspectos socioeconômicos e ambientais serão tratados pela Potássio do Brasil, incluindo dezenas de programas envolvendo as comunidades indígenas e não indígenas. Estamos, eu e toda a equipe da Potássio do Brasil, entusiasmados para iniciar mais esta etapa do projeto”, destacou.

Rejeito do empreendimento é limitado ao sal de cozinha

O Projeto Potássio Autazes é pioneiro no Amazonas, pois não utilizará barragens em todo processo de extração e beneficiamento. Praticamente nenhum rejeito será gerado (basicamente o cloreto de sódio, ou seja, o sal de cozinha) pela atividade será mantido na superfície ao final do projeto, pois será devolvido ao interior da mina no subsolo.

Os efluentes serão reutilizados na planta de fabricação de fertilizantes em circuito fechado, para não serem lançados no solo ou nos cursos d’água. O projeto também promoverá um legado socioambiental com mais de 30 programas, entre eles um de preservação de sítios arqueológicos, mapeamento e cadastro de milhares de espécies animais e vegetais e parcerias com instituições de ensino e pesquisa, que desenvolverão projetos significativos neste segmento, buscando uma sustentabilidade para quando forem encerradas as operações da empresa.

“Convido todos a conhecer mais detalhes do Programa Autazes Sustentável que engloba todos os programas que iremos implantar em Autazes e região. Estamos muito orgulhos das parcerias desenvolvidas com diversas entidades do Amazonas. Juntos podemos fazer mais e melhor”, complementou Adriano Espeschit.

Ações socioambientais vão perdurar após o período de operação da fábrica

As ações de contrapartida socioambientais estão previstas para durar além do período de operação do empreendimento, para que as comunidades desenvolvam sustentabilidade e autonomia, seguindo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Tais ações apoiarão as vocações e potencialidades econômicas locais e incentivarão novos empreendimentos, aproximando a cultura e os saberes tradicionais e o conhecimento técnico-científico.

Por meio de parcerias com entidades públicas, privadas e sociais, serão implementados programas e projetos para promover o crescimento econômico, o desenvolvimento social, o uso sustentável dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente. Entre esses programas e projetos destacam-se o Programa de Apoio à Economia Local; o Programa de Apoio para a Melhoria dos Serviços Públicos; o Programa de Qualificação de Mão-de-Obra; os Projetos de Apoio à Pesca Sustentável; o Projeto de Implantação de Sistemas Agroflorestais e o Projeto de Apoio ao Turismo de Base Comunitária.

O Projeto Potássio Autazes também destinará recursos para a cultura e para a preservação do patrimônio histórico por meio do apoio a museus, sítios arqueológicos e ao artesanato tradicional.

“Teremos ainda o compromisso de destinar 2% da nossa produção de Cloreto de Potássio para empreendimentos da chamada Agricultura Familiar, desde que atendam alguns requisitos que ainda serão definidos”, informa, em primeira mão, Adriano Espeschit.

O Projeto Potássio Autazes contribuirá com o Governo do Estado do Amazonas e com a SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus) no esforço de fortalecer a economia, distribuir riqueza e gerar alternativas econômicas, hoje tão concentradas na capital Manaus, em sintonia com as diretrizes de tais órgãos para levar o desenvolvimento ao interior do estado, por meio de estímulos ao aproveitamento de outras potencialidades regionais e da atração de novos negócios.

Fertilizante produzido poderá ser misturado a outros nutrientes

A produção do fertilizante da Potássio do Brasil atenderá parte da demanda da agricultura brasileira. O fertilizante poderá ser utilizado diretamente ou misturado com outros nutrientes como o nitrogênio, o fósforo e o magnésio, para se obter NPK, KMg e outras misturas de fertilizantes adequadas aos diversos tipos de solo.

“Os clientes do estado do Mato Grosso serão beneficiados devido a proximidade do Projeto Potássio Autazes com o maior consumidor de cloreto de potássio do agronegócio brasileiro”, afirma Adriano.

Quem é a Potássio do Brasil?

A Potássio do Brasil é uma empresa privada brasileira, com atuação na região desde 2009. Possui investidores brasileiros, ingleses, australianos e canadenses, somando 15% de investidores nacionais e 85% estrangeiros, com perspectivas de atração de mais investidores brasileiros à medida que o projeto é desenvolvido.


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