05/04/2022 às 15h12min - Atualizada em 05/04/2022 às 15h13min

Os dinossauros e seu fascínio inextinguível

imagem: Pixabay

Eles podem ser bonitinhos, amigáveis e roxos como o sorridente Barney. Eles podem ser engraçados, de classe média e surpreendentemente parecidos conosco, como a família de Dino da Silva Sauro. Ou, mais comumente, podem ser terríveis, ameaçadores e sequer ter um nome, como quase todos da franquia Jurassic Park. Eles são os dinossauros, uma presença constante no mundo do entretenimento.

Já se vão mais de 65 milhões de anos desde que os últimos dinossauros de verdade caminharam pela Terra. Hoje, só sabemos deles através de descobertas arqueológicas pontuais, como a que aconteceu em 2021, durante a obra de duplicação de uma rodovia. Mas mesmo depois de tanto tempo, e mesmo sem nunca termos visto um desses animais ao vivo, o fascínio continua – e aumenta.

Os primeiros a explorarem a ideia foram os escritores, em clássicos como O Mundo Perdido de Arthur Conan Doyle, no qual os bichanos haviam sobrevivido em algum lugar da América do Sul muito parecido com o Brasil. Não demorou para o cinema enxergar o potencial da obra e, em 1925, Harry O. Hoyt fez a primeira versão cinematográfica do livro, com direito a efeitos especiais revolucionários para a época.

O filme de Hoyt foi o primeiro, mas certamente não foi o único. Ao longo das décadas seguintes, outros surgiram, mas sempre com as limitações que os efeitos especiais traziam. Porém, tudo mudou em 1993, quando a computação gráfica entrou em cena no icônico Parque do Dinossauros, de Steven Spielberg. Com a possibilidade de criar dinos no computador, Spielberg pôde abusar das tomadas abertas, mostrando a grandeza dos animais e executando cenas de ação até então inimagináveis.

 

 

Paralelamente, o desenvolvimento das animações criou um novo mercado, e os dinossauros aproveitaram a deixa. Primeiro, com as obras feitas à mão, em especial a saga Em busca do Vale Encantado, que com suas treze sequências em VHS cativou uma geração de jovens. Depois, com o surgimento de novas técnicas, veio A Era do Gelo e suas quatro sequências, dois spin-offs e enormes bilheterias. E, por fim, O Bom Dinossauro, que inverte papéis, fazendo dos humanos selvagens e dos dinos, fazendeiros.

A tecnologia também abriu uma porta para os grandes répteis nos videogames. Além das óbvias adaptações dos filmes, os desenvolvedores também trouxeram títulos originais como The Isle (no Steam), Deathground (Windows), Battle of Giants: Dinosaurs Strike (Wii) e até mesmo um simulador de dinossauros em Jurassic Park Builder (para IOS e Android). Destaque para o recente Horizon Zero Dawn (Playstation/Xbox), no qual dinos e robôs dividem o protagonismo.

Além dos videogames convencionais, os dinossauros também são estrelas nos sites de cassino online, que têm ficado cada vez mais populares. Só na página principal da Betway, por exemplo, há seis títulos cujos protagonistas são dinos. Desde mamutes, como na franquia Blazing Mammoth, até o incontornável T-Rex, em versões combinadas (como Rhino Rilla Rex) ou séries licenciadas do cinema, com a saga Jurassic Park e Jurassic World.

Esses exóticos animais também chegaram à última fronteira do entretenimento – os parques temáticos. Já é possível encarar de frente os monstrengos, em experiências ultrarrealistas. Em Orlando, nos Estados Unidos, os principais parques competem pela melhor atração pré-histórica. As propriedades da Universal trazem o trenó de água do Jurassic Park, um playground com voo em pterodátilo e um show do Barney ao vivo. Os parques da Disney respondem com uma assustadora aventura contra um Carnossauro, um playground com direito à escavação de ossos e o restaurante temático e hiper decorado T-REX. Para quem não quer ir tão longe, existem opções nacionais como a de Olímpia, no interior de São Paulo.

 

 

É difícil explicar por que os dinossauros permanecem tão predominantes em todas as formas de entretenimento. Mas uma suposição razoável seria a constante renovação em sua base de fãs. E o mais importante, pelo menos no mundo do entretenimento, eles evoluem - e, portanto, nunca se extinguem.

 


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