04/04/2022 às 16h18min - Atualizada em 11/04/2022 às 10h23min

Professores realizam manifesto durante Sessão na Câmara de São Roque

- Fotos: Roger Rosa

Profissionais da Educação realizaram um protesto na última segunda-feira (04), na Câmara Municipal de São Roque. Com cartazes que alegavam “desvalorização” da gestão atual, os servidores assistiram à Sessão Ordinária e reclamaram em relação à retirada de 20% da bonificação de assiduidade que, segundo eles, já recebiam há mais de 15 anos.

Segundo Marisa Misael, uma das professoras presentes no protesto e que conversou com o jornalista Carlos Mello por meio de uma transmissão ao vivo, o prefeito da cidade, Guto Issa, enviou à Casa de Leis ainda na segunda um projeto que autoriza o rateio dos recursos vindos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) a fim de dispersar a real reivindicação dos profissionais. "Ele mandou esse projeto do Fundeb para tentar dispersar, mas nós viemos aqui porque ele falou que não iria cortar os 20%, porque nós iríamos ter perdas. Agora saiu o nosso salário e tivemos, então essa é a nossa reivindicação", disse ela, que durante a entrevista deu mais detalhes sobre a reivindicação e criticou a postura do governante são-roquense.

A profissional, que trabalha na EMEF. Professor Tibério Justo da Silva, em Mailasqui, ainda afirmou que a classe da Educação tem sido prejudicada há anos e que desde muito tempo existe “defasagem salarial e péssimas condições de trabalho” para esses servidores. “A gente tem uma luta atemporal. Sempre cobramos e agora não está sendo diferente, visto que nós participamos efetivamente da proposta de trabalho para a Educação do atual governo. Foram várias reuniões junto à equipe do Podemos para direcionar o que seria proposto para o setor”, declarou Marisa.

Ainda em meio à conversa, a professora destacou que ela, assim como a Associação dos Profissionais de Educação de São Roque (APE - SR), sente uma falta de diálogo entre os profissionais e a administração municipal, mesmo que tenha tido tentativas. “Infelizmente as portas já foram fechadas para as meninas da associação na própria transição do governo. A gente tem que deixar claro esse processo, porque taxativamente está sendo falado que não tem diálogo e, muito pelo contrário, os professores tentam diálogo, e procuraram uma comissão de Educação como sempre foi buscado”, ressaltou ela.

O Jornal da Economia questionou a Prefeitura de São Roque sobre a reivindicação dos servidores da rede municipal e, em resposta, o governo informou que “nenhum direito foi retirado dos profissionais de educação”, e disse que a classe segue sendo valorizada pela atual gestão, através de uma série de medidas, como a aprovação do Auxílio de Assiduidade de R$ 350,00.

“A ação equiparou o valor pago aos profissionais da Educação ao das demais categorias de funcionários da Prefeitura, garantindo a isonomia no trato com o servidor municipal, onde todos recebem as mesmas gratificações”, destacou a administração.

A Prefeitura ainda declarou que, além disso, o reajuste de 13%, aprovado este ano, garante aumento real aos trabalhadores do setor e também segurança. “Ao contrário do que ocorria no passado, o reajuste estará presente também nas aposentadorias e pensões dos profissionais, valorizando o plano de carreira. Medidas que atendem a demandas do setor, como o projeto que estabelece o rateio do Fundeb este ano, que está em análise na Câmara Municipal e que, caso aprovado, garantirá mais um benefício aos profissionais de educação municipais”, finalizou a gestão.

Manifesto pacífico no ano passado

Os profissionais já têm um histórico de resistência com relação às providências tomadas pelo governo municipal para a valorização da classe. Em dezembro do ano passado, eles realizaram um manifesto pacífico em frente à Prefeitura de São Roque, onde pleitearam o repasse do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica). O Jornal da Economia esteve presente e acompanhou a ação dos servidores municipais.


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