01/04/2022 às 09h00min - Atualizada em 31/03/2022 às 23h43min

No 1º de abril, veja exemplos do risco que as “Fake News” trazem à população

Ainda que a definição tenha ganhado força em 2016, atualmente surgem cada vez mais inverdades disseminadas até mesmo por figuras públicas

- Foto: Pixabay

Neste 1º de abril, o que se espera é que ainda mais boatos sejam espalhados pelas redes sociais, pois até mesmo em dias comuns, mentiras sobre os mais variados assuntos costumam ser disseminadas e muitas vezes ganham força como uma “verdade absoluta”. Por isso, o Jornal da Economia levou em conta esse triste fato e, de forma descontraída (como pode ser vista na capa desta edição), alerta seus leitores sobre os riscos que as Fake News podem trazer à vida das pessoas com exemplos que fizeram história no cenário midiático brasileiro.

Para falar sobre isso é preciso contextualizar o termo “Fake News”, que pode ser definido como “notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se fossem informações reais”. Segundo o portal Brasil Escola, esse tipo de texto, em sua grande maioria, é feito e divulgado com a finalidade de promover um ponto de vista ou prejudicar alguém (geralmente figuras públicas).

As Fake News possuem um amplo poder viral, isto é, espalham-se com agilidade. As informações falsas são apelativas para o emocional do leitor ou espectador, fazendo com que o público consuma o conteúdo “noticioso” sem confirmar se o material é verdadeiro.

Ainda de acordo com o site, a capacidade de persuasão das Fake News é maior em populações com menor escolaridade e que obtêm informações somente através das redes sociais. Entretanto, isso não quer dizer que as notícias falsas não possam alcançar pessoas com mais estudo, pois o conteúdo está habitualmente ligado ao viés político.

E mesmo que essa definição tenha ganhado força mundialmente em 2016, atualmente surgem cada vez mais exemplos de inverdades disseminadas até mesmo por personalidades de alta notoriedade, principalmente em relação à pandemia da Covid-19.

No fim do ano passado, uma notícia ganhou grande repercussão após o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazer uma associação à vacina contra o coronavírus com o risco de contrair o vírus HIV e desenvolver Aids. A afirmação foi feita pelo presidente durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, no dia 21 de outubro. O YouTube, Facebook e Instagram excluíram o vídeo de suas plataformas e, em dezembro, Bolsonaro virou alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) pela fala veiculada.

Consequências das Fake News

Divulgar e compartilhar Fake News são ações muito perigosas. Fazer com que informações falsas, fotos e vídeos manipulados e publicações duvidosas sejam disseminadas pode trazer problemas para a saúde pública, incentivar o preconceito e resultar em mortes. Veja mais alguns exemplos:

• Linchamento de inocentes

Em 2014, o Brasil acompanhou o caso de uma Fake News que motivou uma tragédia. O texto divulgado pelo UOL Notícias relatou que moradores de Guarujá (SP) lincharam uma mulher até a morte por conta de um boato veiculado no Facebook. Ela foi acusada de sequestrar crianças para realizar rituais de magia negra, mas a informação era falsa.

O uso da internet para compartilhar notícias perpetua a violência pelas Fake News também em outros países. A Índia é considerada um país com dados preocupantes na divulgação de vídeos falsos pelo WhatsApp. Há quatro anos, cenas fictícias foram editadas e veiculadas como suposto sequestro de crianças em Rainpada, uma vila local. Os moradores se desesperaram e passaram a perseguir os supostos sequestradores, resultando no falecimento de cinco pessoas.

Jornalismo e o compromisso com a verdade

No segmento jornalístico, um de seus mais importantes princípios é o compromisso com a informação legítima, bem apurada e detalhada para que o leitor tenha a sua opinião formada a partir de diferentes olhares e uma amplitude de conhecimento.

O JE completará 32 anos no dia 20 de abril e desde a sua fundação sempre prezou pelo compromisso de levar a boa informação aos leitores e internautas e de combater as notícias mentirosas que frequentemente são espalhadas.

Essa reflexão sobre o Dia da Mentira tem ainda mais impacto neste momento em que nos aproximamos do período eleitoral. Cada cidadão precisa ficar atento a isso, pois qualquer informação veiculada de forma maldosa pode mudar um pensamento e até mesmo uma decisão.


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