Peripatético
Deambulei pela estradinha, a observar as coisas criadas pela natureza e os lixos abandonados pelo homo sapiens, restei a aprender. Sim recordei-me de Aristóteles. Senti meu cérebro como um fiel discípulo daquele pensador, pois aprendia e retinha os ensinamentos ao caminhar. Aliás ando sempre ora nas ruas, ora entre amigos, ora entre orquídeas, caminho até nas páginas de alguns autores: enfim ando, observo, penso, concluo: "penso logo existo" ficaria a resmungar Descartes.
Ontem, a propósito, ao organizar volumes da obra de Monteiro Lobato, parei ao ler o início do prefácio da obra "Ipês" de Ricardo Gonçalves. Dizia Lobato: "Na lama da estrada ao pé da porteira, uma orla de pétalas cor de rosa - flores de ipê? - engrinaldam as pocinhas d`água cor de café com leite".
Então me deixei levar, entre as as letras, no meio do respirar de um singelo e magnífico texto. Ao deslizar entre essas linhas meu cérebro parou para absorver, reter a essência do pensar contido em palavras singelas.
Bom, o dia está a acordar, é o momento certo para sair e observar o seu respirar dentre as folhas da bananeira.
Bom dia!
Francisco Sacramento
Palestrante/professor especializado em atendimento ao cliente e gestão de recursos, Francisco Sacramento. Administrador de Empresas Graduado e Pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas – SP, mestre em Administração pela UMESP – Universidade Metodista de São Paulo. Professor, palestrante, fotógrafo, orquidófilo. Membro da Academia de Letras Araçariguama (cadeira Guilherme de Almeida). É autor de artigos científicos ou não publicados na mídia escrita.