O Brasil registrou na segunda-feira (24) 90.509 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, atingindo o total de 24.134.946 diagnósticos positivos desde março de 2020. Desta forma, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 150.236 – considerada a maior marca reconhecida até o atual momento e indicando o sétimo recorde seguido. No entanto, comparada à média de 14 dias atrás, a variação foi de +241%, apontando uma tendência de alta nos casos do vírus.
Além disso, o país registrou 267 óbitos por coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 623.412 mortes desde o início da pandemia. Sendo assim, a média móvel nos últimos 7 dias é de 307 -- a maior divulgada desde 31 de outubro. Já comparada à média de 14 dias atrás, a alteração foi de +152%, indicando uma disposição de alta nos óbitos decorrentes da doença.
Goiás, Roraima e Acre não registraram óbitos por coronavírus nas últimas 24 horas.
Deste modo, a média móvel de vítimas chega a um patamar superior ao que estava às vésperas de uma invasão hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, que aconteceu na madrugada entre 9 e 10 de dezembro. Na época, essa média apontava 183 mortes pelo vírus a cada dia.
Os dados estão presentes no novo levantamento do consórcio de veículos de comunicação a respeito da situação da pandemia de Covid-19 no país, consolidados às 20h. A relação de números é feita a partir de informações das secretarias estaduais de Saúde.
Instabilidade
Depois do apagão de dados do Ministério da Saúde, os estados brasileiros passaram a normalizar a publicação de números de coronavírus no Brasil no dia 4 de janeiro.
Em 12 de dezembro do ano passado, o ministério disse que o processo para recuperação dos dados dos brasileiros imunizados contra a Covid-19 após a invasão hacker foi concluído, sem perda de informações. Entretanto, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga informou que houve um novo ataque e, desta forma, a previsão inicial de equilíbrio dos sistemas não foi cumprida.
De acordo com a pasta, a inconstância no sistema não atrapalhou na vigilância de diagnósticos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. "A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior", declarou Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.
