Outubro Rosa Pet: câncer de mama também atinge cães e gatos

Tutores de animais de estimação, como cães e gatos, também precisam ficar atentos ao Outubro Rosa, mês de conscientização para diagnóstico e prevenção do câncer de mama. Isso porque a doença atinge quase metade desses pets no Brasil. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o câncer de mama afeta pelo menos 45% das fêmeas caninas. No caso das gatas, a doença atinge pelo menos 30%, sendo a maioria dos casos diagnosticados como tumores malignos. A pesquisa aponta que 20% dos diagnósticos são tardios, o que dificulta o tratamento.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Tiago Ladeira, informa que a causa do câncer de mama envolve questões hormonais e genéticas, mas pode ter relação com alimentação não balanceada, o uso exagerado de medicamentos e de anticoncepcionais. Segundo ele, um dos primeiros motivos pelo qual o câncer se desenvolve é devido ao crescimento desordenado das células mamárias e como os machos produzem hormônios, como estrógeno e progesterona, mesmo que em menor quantidade, também estão sujeitos a terem tumor. Por isso, é preciso atenção e, principalmente, de diagnóstico precoce para o iniciar o tratamento o mais rápido possível.

A obesidade, por exemplo, pode ser outro fator de preocupação, já que por si só é uma doença séria, e favorece o surgimento de tumores na região das mamas, principalmente das cadelas. Segundo o especialista, os sintomas mais comuns no início da doença, conforme cada caso, são dores, vômitos, feridas na região mamária, falta de apetite e nódulos inchados, entre outros. Há ainda casos assintomáticos e o professor ressalta que é fundamental consultas periódicas ao médico veterinário.

Tiago sugere castrar fêmeas antes do primeiro ou nos próximos ciclos do cio, como método de prevenção a tumores mamários, já que o procedimento feito antes ou no início da puberdade diminui a probabilidade do surgimento dos tumores. O coordenador na Anhanguera enfatiza que o profissional geralmente pede exames como ultrassom, radiografias ou histopatológico para analisar qual o estágio do tumor. Com isso, o diagnóstico fica mais preciso para um tratamento mais pontual e adequado, com mais chances de cura.