06/09/2021 às 14h32min - Atualizada em 06/09/2021 às 14h32min

Imagens do cotidiano: onde a vida acontece

Francisco Sacramento mostra seu olhar sobre o cotidiano através de sua máquina fotográfica

Poeira do tempo

A mente divaga, perder-se entre luzes e sombras. Ontem assisti a uma reportagem a respeito de inscrições elaboradas há milhares de anos. Algumas são semelhantes e outras só são visíveis a partir de drones. Ficou então a interrogação: foram construídas para ou por extraterrestres? Lembrei-me da obra "Deuses, túmulos e sábios - O romance da arqueologia" de C. W. Ceram (Melhoramentos, 1962). Em silêncio fiquei a refletir e a concluir que realmente "Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia". (William Shakespeare)

Caminho então do imaginário para o real: lá fora muitas orquídeas sofrem com a seca. O pó corrói meus olhos e na TV apresentadores clamam e declamam sobre a seca. A falta de chuva, o nível dos reservatórios, o aumento da conta de luz, soma-se ao combate dos males da saúde e a falta de emprego. Súbito acordei com o barulho da água no telhado, alguns trovões e raios se anunciaram. Corri para desligar o modem. No último temporal o raio deu conta de seu antecessor. Providência até certo ponto inútil, pois há quase doze dias estamos sem telefone e sem navegar na internet. Explicações? Sim, de acordo com informações contraditórias o serviço está em manutenção. Aliás virou rotina, durante o mês passado aconteceu o mesmo: fato estranho em um mundo em que as comunicações são fundamentais. Um enigma insondável posto que a manutenção preventiva se perde no pó do tempo.

Dia de desafios a estante da biblioteca desabou. Desafiei a sua estrutura! As interrogações, aguaceiro, pó de traças. Nem senti o gosto do café.  Metal dobrado, livros desalinhados. Desolado observei a catástrofe. O tal do metal efetivamente mostrou sua resistência. Apesar do preço simplesmente ruiu. Foi um abaixar e levantar contínuo. A coluna se anunciou, e me obrigou a engolir a dipirona. Gosto horrível! Pó, estrutura, coluna, secura, orquídeas a florir, inscrições milenares: mistérios da vida.

O homem realmente conhece sua história? O saber atual é moderno? Existem outros saberes mais profundos perdidos no espaço? Toda vez que ouço a respeito de novas descobertas fico a divagar á respeito da atualidade do conhecimento. Como se diz "não acredito em bruxas, mas elas existem".

 

Francisco Sacramento

Palestrante/professor especializado em atendimento ao cliente e gestão de recursos, Francisco Sacramento. Administrador de Empresas Graduado e Pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas – SP, mestre em Administração pela UMESP – Universidade Metodista de São Paulo. Professor, palestrante, fotógrafo, orquidófilo. Membro da Academia de Letras Araçariguama (cadeira Guilherme de Almeida). É autor de artigos científicos ou não publicados na mídia escrita.


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