A corrida para a entrega rápida: o que é preciso para atender as expectativas dos consumidores?

Quem nunca comprou algo pela internet e ficou acompanhando o rastreio do produto ansiosamente que atire a primeira pedra. É bem verdade que para alguns esperar já está incluso no pacote, principalmente para quem está acostumado com compras em sites internacionais e não se importa de aguardar mais por um valor mais em conta.

Mas, o anseio dos novos consumidores digitais e a necessidade de receber os produtos imediatamente, sem ter que ir a uma loja física para comprar, despertou o interesse de empresas e uma corrida para oferecer fretes cada vez mais baratos (ou grátis) e rápidos do que os da concorrência. A estratégia, no entanto, pode deixar muitos negócios em um beco sem saída se não houver um bom alinhamento de toda logística, estoque e operação.

É aí que entra a gestão de entregas, que permite que o transportador tenha mais autonomia para tomar decisões, planejar as rotas e agilizar a troca de informações, alimentando, principalmente, a interface do cliente que deseja acompanhar cada passo do seu pacote. Com planejamento, estratégia e automação de processos, as empresas podem ter benefícios que vão além da operação. Um desses pontos é a garantia da satisfação do consumidor e a confiabilidade para a marca, que é um dos fatores determinantes para a compra, junto com o valor do frete, para 62% dos consumidores, de acordo com uma pesquisa recente, realizada pela Intelipost.

A palavra-chave para que uma empresa se torne referência no mercado é planejamento estratégico. E ele deve envolver todas as etapas da entrega, desde o momento da compra até quando o pedido é entregue ao consumidor. Somente assim é possível estabelecer os prazos e cumpri-los a partir de rotas assertivas e econômicas.

Essas rotas podem ser criadas a partir de um sistema de roteirização, desenvolvido por algumas empresas, como a AgileProcess, que busca simplificar os processos logísticos do país. O sistema leva em consideração vários fatores que podem influenciar a otimização das entregas: planejar as rotas automaticamente, permite ao transportador acompanhar em tempo real as informações - igual quando você compra comida por delivery fica olhando no app o ponto onde o entregador está - reduz o tempo das entregas e economiza com os custos logísticos, porque ao traçar a rota determina também a ordem de entrega dos produtos para que o motorista não tenha que dar voltas e voltas, por exemplo.

O planejamento também deve ser feito com o estoque. Parece óbvio, mas a falta de controle pode desencadear indisponibilidade dos produtos, o que, consequentemente, aumenta os prazos de entrega já estabelecidos e frustra o consumidor. Para dimensionar o quanto o planejamento é importante, mais um dado: um em cada cinco clientes não perdoa as marcas que não conseguem cumprir suas promessas, de acordo com um levantamento realizado em março de 2021 pelo Ciclo 6 do Índice de Consumidor Futuro. Na gestão de entregas, o gestor deve ter noção do fluxo de vendas da empresa, conseguir antecipar as demandas dos clientes e identificar o tempo limite que uma mercadoria pode ficar estocada, a partir do cálculo de giro de estoque.

Marcel Alonso, Diretor de Logística no iFood, Mariam Topeshashvili, Co-Founder na Avocado, uma companhia do Rappi e Adriano Costenaro, Diretor de Logística no Delivery Much, falarão mais sobre o assunto e abordarão outros pontos importantes para ter uma entrega rápida e eficiente, que atenda as expectativas dos clientes, no Agile Challenges, evento online e gratuito - que acontecerá no próximo dia 1º de setembro, a partir das 09h e contará com a participação de outros grandes nomes do varejo como Natura & Co, General Mills, Grupo Pão de Açúcar, Amaro, Arezzo, entre outros. Saiba mais e inscreva-se em www.agilechallenges.com.br.