05/12/2014 às 09h45min - Atualizada em 05/12/2014 às 09h45min

Obras do Trem Intercidades são adiadas para 2015

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Divulgação
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Divulgação

As obras de implantação do Trem Intercidades, projeto de transporte sobre trilhos em parceria entre o setor privado e o Governo do Estado, foi adiada para 2015. O Projeto prevê a construção de uma malha ferroviária de 430 km, que ligará diversas cidades do Estado, sendo inicialmente dividido em dois trajetos. O primeiro ligará a capital paulista a Campinas, Americana, Jundiaí, Santo André, São Bernardo, São Caetano e Santos, enquanto o segundo fará a ligação de São Paulo com Sorocaba, São Roque, São José dos Campos, Taubaté e Pindamonhangaba.

De acordo com Sergio Ricardo de Angelis, Diretor de Planejamento e Meio Ambiente da Prefeitura de São Roque, a previsão inicial é que uma nova Estação de Embarque e Desembarque de passageiros seja construída na Rua Durval Villaça, no início da Estrada do Vinho, mais conhecida como “Terreno do Frank”. O projeto inclui o aproveitamento do terreno em conjunto com o contorno da CCR-ViaOeste para a Rodovia Raposo Tavares.

Segundo o diretor, os benefícios do projeto ferroviário para São Roque serão inúmeros, a começar pela diminuição do número de automóveis nas estradas que seguem para a capital. A opção de viagem ferroviária será uma opção mais viável, já que a estimativa de tempo de viagem varia de 25 minutos entre São Roque e São Paulo e 15 minutos entre São Roque e Sorocaba. “A integração com os municípios pode trazer inúmeros benefícios no aspecto turístico, com a contratação de funcionários por empresas, que poderão residir até em outras cidades, bem como os cidadãos são-roquenses poderão trabalhar com maior conforto e menor tempo de deslocamento para outras cidades. Enfim, o cenário é ilimitado no aspecto de oportunidades para diversos tipos de investimentos e atrativos, como por exemplo, teremos a possibilidade de ter uma estação de trem moderna na Estrada do Vinho”, afirmou Sérgio.

Porém é possível que a população da região tenha que esperar alguns anos a mais para conseguir usufruir destas linhas ferroviárias, já que o atraso no projeto vai muito além do simples início das obras. Governo do Estado e o Governo Federal ainda precisam assinar um convênio, que será firmado para transferir ao governo paulista as áreas da União necessárias para a implantação dos serviços. Somente após a autorização, para uso da faixa de domínio pela União, é o Governo do Estado poderá publicar o edital de licitação das obras. Segundo o governo do Estado, a estimativa é que o edital de licitação, para contratação da empresa que tocará as obras do Trem Intercidades, seja publicado em 2015, um processo que estava marcado inicialmente para 2013. Embora o prazo de conclusão do projeto estivesse anteriormente marcado para 2019, segundo a Secretaria de Planejamento do Estado de São Paulo, não é possível estabelecer um prazo para conclusão das obras enquanto o Governo Estadual e Federal não concluírem o convenio. “A viabilização do projeto, depende da cessão das áreas de propriedade do Governo Federal e da definição de uso compartilhado dessas áreas”, afirmou o órgão em nota enviado à imprensa.

Entretanto, de acordo com a Secretária, uma vez firmado o acordo entre os governos o processo deve se agilizar. “O Conselho Gestor de PPPs (Parceria Público-Privada) definiu que o primeiro trecho a ser executado será o da linha São Paulo-Jundiaí-Campinas-Americana”, explica.

O orçamento total da malha ferroviária de 432 km foi estimado em R$ 20 bilhões, sendo financiado via PPP (Parceria Público-Privada). Estima-se os trens de velocidade média, que serão utilizados na malha e que alcançam a velocidade máxima de 160 km, comportaram 110 lugares para usuários sentados por carro e 440 por composição, podendo ser ampliado conforme o aumento da demanda. Ao todo, a previsão é que o trem atenda a uma demanda diária de 250 mil passageiros em todos os municípios beneficiados.

 


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