19/02/2021 às 14h08min - Atualizada em 19/02/2021 às 15h09min

População questiona preço referente à passagem de ônibus em São Roque

Diante das dúvidas, a Prefeitura Municipal informou sobre o funcionamento do sistema de cartões da Jundiá

- Foto: Carlos Mello

Após diversos questionamentos da população são-roquense a respeito do preço da passagem de ônibus da cidade, a Prefeitura Municipal informou sobre o funcionamento do sistema de cartões da Jundiá, empresa responsável pelo transporte coletivo de São Roque desde sexta-feira (12).

“Existem dois tipos de cartão: o de gratuidade destinado aos idosos e usuários PCDs, além do cartão comum usado pelos demais passageiros. O cartão comum é carregado com tarifas, sendo o de R$ 3,00 que é comprado pelo usuário e o vale transporte adquirido por empresas, com a tarifa de R$ 5,50. Quando os créditos do cartão são utilizados no validador do ônibus, o sistema debita o valor correspondente, utilizando o valor do benefício antes do comprado pelo usuário”, explicou o governo municipal.

O esclarecimento se deu após uma série de dúvidas vindas de internautas que utilizam os serviços de transporte da cidade e passaram pelo processo de transferência dos saldos que antes estavam armazenados nos cartões da Mirage Transportes, empresa que atuava em São Roque até o rompimento de seu contrato.

Vereador se manifesta

O vereador Cabo Jean publicou uma nota em suas redes sociais para falar sobre o caso, diante dos questionamentos vindos por parte dos munícipes. No texto, ele fala sobre a existência da lei 4.422/15, a qual trata da organização dos serviços de Transporte Público Coletivo de Passageiros da Estância Turística de São Roque.

“Os passes adquiridos pelo município e destinados aos funcionários são utilizados exclusivamente nos dias indicados, não sendo válidos para nenhum outro dia. Para isso, usarei como base de exemplo um servidor público que recebe R$ 1.100,00 (um salário mínimo) e recebe 44 passagens por mês (2 por dia):

antes da Jundiá assumir o vale transporte estava R$ 4,65 e um servidor que ganha R$ 1.100,00 teria como desconto em sua folha o equivalente a R$ 66,00. Desta maneira, se ele recebe 44 passes mensais, a passagem dele está saindo R$ 1,50. Sendo assim, o valor total do vale transporte dele é R$ 204,60 com a prefeitura pagando R$ 138,60 e o servidor R$ 66,00.

agora com as alterações realizadas, o vale transporte está custando R$ 5,50 e o servidor que ganha os mesmos R$ 1.100,00 terá descontado em sua folha de pagamento os mesmos R$ 66,00. Desta maneira, se ele recebe os mesmos 44 passes mensais, a passagem dele continua custando os mesmos R$ 1,50. Sendo assim, o valor total do vale transporte dele é R$ 242,00 com a prefeitura pagando R$ 176,00 e o servidor R$ 66,00.

Conclusão do exemplo: o servidor não sofrerá desconto maior do que os 6% que dele já é descontado, e a prefeitura irá pagar uma diferença de R$ 37,40 por mês e um total de R$ 448,80 ao ano (somente de diferença). Já o servidor continuará pagando os mesmos R$ 66,00 por mês.

Por fim, esclareço que essa matéria já serve de apontamento por parte do Ministério Público, pois conforme é definido pela lei (não sou eu dizendo e sim o legislador, pois apenas estou esclarecendo), o vale transporte significa a pessoa ir da sua casa ao trabalho e depois voltar do trabalho para a sua casa (por isso 2 passagens diárias). O que infelizmente acontece em alguns lugares e talvez tenha sido identificado aqui, é que alguns servidores ao não fazer uso do vale transporte, acumulava o saldo e acabava vendendo para outra pessoa INDEVIDAMENTE (isso é proibido).

Moral da história, esse tipo de ação, independente de maldade ou não, faz com que aquela pessoa que não paga a passagem em seu preço normal (refiro aqui a quem compra o passe do servidor), e isso resulta a 2 despesas ao bolso do próprio povo. Por que? Porque aquela pessoa que comprou mais barato, não comprará a passagem normal que qualquer outra pessoa paga diariamente, e isso resultará em um subsídio a ser pago sempre de maior valor. Sem contar que o vale transporte é para o trabalhador e não para alguém ir passear com recursos bancados pelo povo em geral”, explicou o parlamentar.


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