12/01/2021 às 13h43min - Atualizada em 12/01/2021 às 14h48min

Butantan diz que vacina CoronaVac tem eficácia global de 50,4% em testes feitos no Brasil

Índice aponta o potencial da vacina em evitar casos sintomáticos da Covid-19

- Foto: Reprodução / TV Globo
Fonte: Portal G1

A vacina CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil, de acordo com informações do Instituto Butantan em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (12).

Intitulado como eficácia global, o índice aponta o potencial da vacina de proteger em todos os casos – sejam eles leves, moderados ou graves. O número mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.

"Essa vacina tem segurança, tem eficácia, e todos os requisitos que justificam o uso emergencial", declarou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em meio ao anúncio.

Segundo informações do Portal G1, a CoronaVac é um imunizante contra a Covid-19 que usa vírus inativados. Ela, portanto, é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan, que é ligado ao governo de São Paulo.

Os testes foram realizados em 12.508 voluntários no país, todos os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença, em 16 centros de pesquisa.

O diretor de pesquisa do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, afirmou que a vacina foi testada com os profissionais pelo fato de terem maior exposição ao vírus, muito maior que a população em geral.

“[O teste] não é a vida real exatamente. É um teste artificial, no qual selecionamos dentro das populações possíveis, selecionamos aquela população que a vacina poderia ser testada com a barra mais alta. A gente quer comparar os diferentes estudos, mas é o mesmo que comparar uma pessoa que faz uma corrida de 1km em um trecho plano e uma pessoa que faz uma corrida de 1 km em um trecho íngreme e cheio de obstáculos. Fizemos deliberadamente para colocar o teste mais difícil para essa vacina, porque se a vacina resistir a esse teste, iria se comportar infinitamente melhor em níveis comunitários”, disse.

Na semana passada, o instituto já havia divulgado que, em testes no Brasil, o imunizante atingiu 78% de eficácia em casos leves e 100% em casos graves e moderados (ou seja, a vacina protegeu contra mortes e complicações mais severas da doença).


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