Não houve o pedido de uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus durante a reunião que a Fiocruz realizou com a Agência Nacional de Saúde (Anvisa), nesta segunda-feira (04). Segundo relatos de participantes da reunião, faltam muitas informações e haverá um novo encontro nesta terça-feira (05).
De acordo com a CNN Brasil, como as primeiras vacinas da Fiocruz serão compradas de um laboratório na Índia, que desenvolve a vacina de Oxford, a Anvisa quer saber se o imunizante reúne as mesmas características do originalmente produzido no Reino Unido.
Em meio às informações, a Fiocruz deverá confirmar as boas práticas de fabricação na Índia e levar uma pesquisa comparativa. "Ou seja, é necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados", declarou a Anvisa em nota divulgada após a reunião.
"Em termos mais técnicos, o objetivo desta avaliação é garantir a equivalência quanto à resposta da imunogenicidade, ou seja, a habilidade de a vacina ativar resposta ou reação imune, tais como o desenvolvimento de anticorpos específicos, respostas de células T, reações alérgicas ou anafiláticas", completa a Anvisa.
A agência resiste à possibilidade de fazer alguma espécie de retrabalho durante a análise, o que atrasaria todo o processo. Deste modo, vai aproveitar o que for possível da avaliação de outras agências de referência, e diz que irá focar em questões que sejam específicas para o Brasil.