24/10/2020 às 11h30min - Atualizada em 23/10/2020 às 23h50min

Anvisa libera importação de 6 milhões de doses da CoronaVac

Vacina contra a Covid que está na 3ª fase de testes

Fonte: Portal G1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a importação de 6 milhões de doses da CoronaVac, nesta sexta-feira (23). A vacina chinesa deverá ser produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

A decisão, no entanto, não se refere ao pedido feito pelo Governo de São Paulo para que seja permitida a importação dos insumos necessários para a produção de outras 40 milhões de doses no Brasil.

Produto da farmacêutica chinesa Sinovac, a CoronaVac está atualmente na terceira fase de testes, mas ainda não obteve o registro para aplicação do imunizante, o que imposibilita que possa ser utilizado na população.

Dados parciais sobre à segurança da vacina foram apresentados pelo governo de São Paulo, mas eles ainda não foram enviados ao órgão ou publicados em revistas científicas, para que possam ser analisados dentro da comunidade academica especializada.

Enquanto isso, a CoronaVac se tornou alvo de disputa política envolvendo o Ministério Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro e o Governador João Doria, quando o Presidente da República cancelou a compra de 46 milhões de doses da  CoronaVac que haviam sido negociadas pelo Ministro da Saúde.

O governo paulista fechou contrato com a chinesa Sinovac para a aquisição das 46 milhões de doses da CoronaVac. As primeiras 6 milhões virão prontas da China, e as outras 40 milhões serão envasadas e rotuladas no Instituto Butantan a partir de material que será importado. Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, o cronograma estipulado pelo governo de São Paulo está mantido, apesar das autoridades paulistas apontarem um atraso da Anvisa na liberação da importação de matéria-prima da China. "No momento, o que nos importa é a matéria-prima, exatamente porque a fábrica, nossa linha de produção, está nesse momento parada aguardando a chegada dessa matéria-prima", disse o diretor ao Jornal Nacional na quinta-feira (22).

A agência negou o entrave e liberou a compra das doses, mas a questão da importação da matéria-prima ainda não foi esclarecida.


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