O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou nesta quarta-feira (21) que a vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, não será comprada pelo governo federal. A afirmação foi feita através de um comentário do presidente em resposta a um usuário do Facebook.
"Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa", escreveu o usuário. E então Bolsonaro respondeu: "Não será comprada".
O comentário a respeito da China foi feito em uma publicação do governante sobre a visita do conselheiro de segurança dos Estados Unidos, Robert O'Brien, e representantes da Casa Branca a Brasília. Segundo o presidente, foram assinados "três acordos que vão intensificar ainda mais nossas relações comerciais e econômicas".
Obrigatoriedade do imunizante
Nesta semana, Bolsonaro disse a apoiadores que o imunizante contra a covid-19 "não será obrigatória e ponto final", e voltou a fazer críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que defende a obrigatoriedade da dose.
"O Programa Nacional da Vacinação, incluindo as vacinas obrigatórias, é de 1975. A lei atual incluiu a questão da pandemia. Mas a lei é bem clara e quem define isso é o Ministério da Saúde. O meu ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] já disse, claramente, que não será obrigatório esta vacina e ponto final", destacou o presidente.