07/09/2020 às 17h57min - Atualizada em 07/09/2020 às 18h49min

Dia da Independência do Brasil: saiba o contexto histórico desta importante data e por que ela é celebrada

- Foto: Reprodução / Internet
Fonte: Brasil Escola

O 7 de setembro é um feriado muito importante para a história do Brasil, ainda que, devido à pandemia do novo coronavírus, esteja impedido de ser tradicionalmente celebrado com desfiles cívicos no país.

A data comemora a Declaração de Independência do Brasil diante do Império Português, que aconteceu no mesmo dia,  no ano de 1822, quando Dom Pedro Primeiro deu início a nossa trajetória como nação independente e, supostamente, proclamou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo. Através disso, o país deixou de ter ligação com Portugal e foi consolidado como nação.

Transformado em feriado nacional durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, em abril de 1949, o 7 de setembro é um dia presente na memória coletiva dos brasileiros pelo fato de ser considerado como um marco de fundação do país e por ser um dos três feriados que comemoram acontecimentos marcantes da história brasileira (os outros são o Dia de Tiradentes e o Dia da Proclamação da República).

História

A independência do Brasil resultou-se em um processo de desgaste nas relações entre os colonos brasileiros com Portugal. Isso teve vínculo direto com a Revolução Liberal do Porto de 1820, mas historiadores consideram que tudo teve início a partir da transferência da família real portuguesa para o Brasil, em 1808.

A mudança da família para o Rio de Janeiro foi motivada pela invasão que as tropas francesas fizeram em Portugal e, depois de feita a instalação, começou o que mais tarde ficaria conhecido como Período Joanino, que faz referência a Dom João VI, regente que esteve à frente de Portugal e que no Brasil realizou diversas medidas que contribuíram para a modernização do país.

Entre essas medidas, foi decretada a elevação do Brasil à condição de reino, em 1815, o que conduziu o país a deixar de ser uma colônia e tornar-se parte do reino português. Essa situação, entretanto, causou desagrado em muitos portugueses e, deste modo, estourou a Revolução Liberal do Porto.

O ponto de partida para o processo de independência do Brasil foi, portanto, a intenção da Corte portuguesa de revogar todas as medidas tomadas por Dom João VI em meio ao Período Joanino.

A possibilidade de recolonização do Brasil também desencadeou o início do mesmo processo, tanto que a elite econômica do país – nesse caso, a elite do Sudeste – não aceitava que isso acontecesse, pois afetaria seus interesses econômicos. Negociações foram desdobradas durante 1820 e 1821, porém, a partir de 1822, o sentimento separatista passou a ganhar força.

Enquanto a situação se tornava irreconciliável, o príncipe regente Dom Pedro foi convencido a comandar o processo de independência do Brasil. Em 7 de setembro de 1822, o caso mostrou-se insustentável, e ele declarou a independência.

Vale destacar que todo esse período não foi encarado de maneira pacífica, uma vez que houve resistência, o que levou ao acontecimento de batalhas em locais como Bahia, Pará e Cisplatina (atual Uruguai). As tropas ditas “brasileiras” foram vitoriosas e conseguiram dominar os movimentos de resistência.

Portugal só reconheceu nossa independência em 1824, após os ingleses mediarem um acordo entre brasileiros e portugueses. O Brasil, como nação independente, organizou-se como uma monarquia e, assim, Dom Pedro foi coroado como imperador do país.


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