Um memorial foi montado no local onde a jovem Luara Redfield foi encontrada morta, em Mairinque. A homenagem começou a ser montada no sábado (29) com o objetivo de transformar um local que remete a tanta dor, numa área que transmita beleza e celebre os momentos de vida da garota trans.
Diversas fotos foram espalhadas retratando a jovem com a família e amigos e além de flores, também foi colocada uma bandeira com as cores do movimento LGBTQIA+ e placas com os dizeres "Vidas trans importam".
A ideia do memorial partiu do pai de Luara, Luís Henrique Leandro Ferreira, e que contou com a ajuda de amigos da filha para montar a bonita homenagem.
"No lugar onde encontraram o corpo, a última imagem que quero dela, estamos fazendo um jardim. Um canto onde abundou a violência, agora que abunde a beleza. A semente que ela deixou, que cresça e floresça", afirmou ao G1.
Porém os planos não param por aí e segundo Luiz, a intenção é enfeitar o local ainda mais, para que ele se torne um ponto florido e belo em homenagem a sua filha. "Vamos fazer pedras ao redor, colocar uma cruz colorida das cores do movimento LGBTQIA+ e uma bandeira, esse é o projeto. Tem bastante gente participando, e quando ficar pronto vai ter inauguração. É como diz uma frase que eu gosto, “nós podemos ter vindo em navios diferentes, mas estamos no mesmo barco'", diz.
Crime
Luara desapareceu no dia 10 de agosto e seu corpo foi encontrado no dia 22 de agosto, no bairro Jardim Vitória, em uma área de mata próximo a uma estrada. O namorado Jhonatan Richard de Lima Moreira, de 18 anos, foi detido no mesmo dia e levado à delegacia de Mairinque, onde confessou o crime.
A Justiça concedeu a prisão temporária dele por 30 dias, a pedido da polícia, para conclusão do inquérito.