24/08/2020 às 16h08min - Atualizada em 24/08/2020 às 16h09min

Imprensa internacional repercute a ameaça de agressão feita por Bolsonaro a jornalista

A ameaça de agressão ocorreu neste domingo (23)

- Foto: Reprodução / Portal G1
Fonte: Portal G1

Jornais e sites jornalísticos de países como Reino Unido, Estados Unidos, Argentina e Índia publicaram matérias a respeito da ameaça do presidente Jair Bolsonaro a um repórter do jornal “O Globo”. Neste domingo (23), no momento em que se aproximava da Catedral de Brasília, o jornalista perguntou sobre cheques no valor total de R$ 89 mil que teriam sido depositados entre 2011 e 2016 pelo ex-assessor Fabrício Queiroz e pela esposa dele, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Inicialmente, Bolsonaro afirmou que não iria responder. No segundo instante, o presidente disse aos jornalistas: “Eu vou encher a boca desse cara na porrada”. Em seguida, Bolsonaro emendou: “Minha vontade é encher tua boca na porrada”.

Políticos da oposição e pessoas da mídia brasileira condenaram a fala de Bolsonaro imediatamente, publicou o “The Guardian”, um renomado jornal do Reino Unido. O “Independent” e a versão online do “Daily Mail” também escreveram sobre a ameaça.

As agências de notícias AFP e Reuters resgataram as questões sobre Queiroz, que seguem assombrando a família Bolsonaro, e cuja investigação a respeito do ex-assessor incomoda o presidente e sua promessa de não tolerar corrupção. O texto da Reuters foi reproduzido no site do “The New York Times”, dos Estados Unidos.

De acordo com informações do Portal G1, a Sky News, também do Reino Unido, esclarece em seu texto que Queiroz era um assessor de Flávio Bolsonaro, o filho mais velho do presidente.

“Clarín” e “La Nación”, os dois principais jornais da Argentina, também noticiaram o incidente. Os leitores argentinos leram que Queiroz e Flávio são investigados por desviar o salário de funcionários do atual senador enquanto ele era deputado estadual, e que a primeira-dama não se pronunciou sobre o caso. Os jornais argentinos também informaram que houve repúdio da sociedade civil.


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