24/08/2020 às 15h47min - Atualizada em 24/08/2020 às 15h48min

Polícia e MPRJ concluem que Flordelis é mandante do assassinato do marido

De acordo com ambos, não existe dúvida de que a deputada arquitetou o plano

- Foto: Célia Viana / Câmara
Fonte: Portal G1

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) divulgaram, em meio a uma entrevista coletiva da Operação Lucas 12, nesta segunda-feira (24), que não existe dúvida de que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) é a autora intelectual da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.

O plano, de acordo com as investigações, teve início em maio de 2018, com um envenenamento em doses por arsênico, e terminou com a execução. O pastor foi morto com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019, na frente de casa.

“Flordelis, além de arquitetar todo esse plano, financiou a compra dessa arma, convenceu pessoas a realizar esse crime, avisou sobre a chegada da vítima ao local e tentou ocultar provas. Não resta a menor dúvida deque ela foi a autora intelectual, a grande cabeça desse crime”, disse o delegado Allan Duarte.

A deputada, segundo uma das interceptações da investigação, teria afirmado que não poderia se separar de Anderson.

“Quando ela fala com um dos filhos sobre os planos de matar Anderson, ela disse: ‘Fazer o quê? Se eu separar dele, vou escandalizar o nome de Deus’”, declarou o promotor Sérgio Luiz Lopes Pereira, do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.

Conforme anunciou o MPRJ, Flordelis também foi denunciada por associação criminosa, realizada para matar o pastor Anderson.

“Uma associação criminosa que começou para matar por envenenamento, depois por arma de fogo, e por último para fraudar as investigações, com uso de contrainformações”, concluiu o promotor.

Flordelis não pode ser presa por conta da imunidade parlamentar -- quando apenas flagrantes de crimes inafiançáveis são passíveis de prisão. De acordo com informações do Portal G1, gentes prenderam nove pessoas pelo envolvimento no crime.


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