A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) entrou em greve na noite de segunda-feira (17) e segundo a entidade, não há prazo para o fim da paralisação.
Entre as pautas defendidas pelos grevistas está a não privatização da estatal, o fim da "negligência com a saúde dos trabalhadores" na pandemia e a garantia que os direitos trabalhistas sejam garantidos.
A FENTECT afirma que tentou sem sucesso dialogar com a direção dos correios, porém a revogação do atual Acordo Coletivo, que estaria em vigência até 2021, tornou a situação insustentável.
"Foram retiradas 70 cláusulas com direitos, como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.", informou a entidade.
Em nota os correios afirmaram que não pretendem suprimir direitos dos empregados e sim propôr ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.
A estatal também afirma que tem conseguido suprir a demanda de pedidos em meio a pandeia respeitando a segurança dos empregados e que as demandas solicitadas pelos movimentos sindicais se mostraram impossíveis de serem atendidas em sua totalidade.
“A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, afirma anota.