16/08/2020 às 09h15min - Atualizada em 15/08/2020 às 21h22min

Mensagem da Paróquia São Roque sobre as Festas de Agosto

Reflexão sobre o momento em que vivemos

- Foto: Reprodução / internet

Caros paroquianos

 

Neste final de semana, celebraremos o dia dos nossos Santos Padroeiros! Estamos preparando os nossos corações e os nossos lares para vivermos esta santa Festa de um modo totalmente novo: reunidos como “Igreja Doméstica”. Permaneçamos unidos como Família Paroquial! Nesta 21ª mensagem da série “Lições da Covid-19”, o nosso Pároco Pe. Daniel Balzan nos apresenta os temas que foram refletidos durante a Novena Diária em louvor a São Roque e Nossa Senhora da Assunção. Desejamos a todos uma boa e santa Festa de Agosto 2020!

 

LIÇÕES DA COVID-19 (21)

 

Com a Virgem Maria e São Roque festejamos nossa fé!

 

Era para estarmos festejando as tradicionais Festas de Agosto! No entanto, as circunstâncias epidemiológicas nos obrigaram a suspender tudo o que aglomera multidões. Não podemos festejar como de costume! Certamente, isto mexe muito conosco e nos toca profundamente, pois éramos para festejar grandemente, irmanando multidões e participar vivamente daquilo que nos une profundamente: nossa fé! Mas como dissemos na última mensagem partilhada, tudo isso serve como “poda” na videira da Vinha do Senhor. Toda poda é dolorosa! No entanto, serve para o bem da própria videira! É a poda que faz com que a videira gere fruto de qualidade. Pouco adianta ter videira cheia de folhas, porém, sem fruto maduro e saboroso!

 

Hoje, porém, quero compartilhar com vocês o tema norteador da Novena Diária: a aprendizagem do correto “Uso das Mãos” em tempo de pandemia e seu significado para a nossa fé! Estamos aprendendo a andar de máscara e usar álcool-gel no manuseio das coisas. Aprendemos que mãos limpas podem salvar vidas, evitar doenças e contribuir muito pelo controle da pandemia. No entanto, mãos limpas e coração puro têm um significado muito peculiar para quem busca ser cidadão ético num mundo sujo.

 

 

Pergunta-se: o que isso tem a ver com a fé? Desde quando religião se confunde com práticas de higiene? Como a experiência da COVID-19 pode ajudar em nossa maturidade espiritual? O leitor atento logo entenderá o sentido daquilo que se pretende compartilhar. Seguem-se os temas que refletimos em cada noite da Novena Diária. Cada título apresenta uma proposta de vida, uma atitude, uma mensagem útil para o nosso cotidiano: “Mãos que Libertam”; “Mãos que Transformam”; “Mãos que Convidam”; “Mãos que Conduzem”; “Mãos que Acalmam”; “Mãos que Semeiam”; “Mãos que Educam”; “Mãos que Corrigem”; “Mãos que Perdoam”; “Mãos que Abençoam” e “Mãos que Assistem”. Cada título foi elaborado a partir do Evangelho do dia, incluindo os dias 15 e 16 de agosto! Observa-se o quanto se pode fazer com mãos limpas! Como afirma o Papa Francisco em sua exortação apostólica sobre a santidade:

 

“Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade ‘ao pé da porta’; daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus, ou - por outras palavras - da “classe média da santidade” (Cristo Vive - 7)

 

E, traduzindo ainda mais os temas acima, eu posso acrescentar: “Vejo a santidade nas mãos que se estendem para ajudar o irmão cansado e debilitado pela doença; vejo a santidade nas mãos daqueles que iluminam e transformam corações perdidos; vejo a santidade nas mãos que acenam uma mensagem de esperança; vejo a santidade nas mãos que conduzem por caminhos seguros em meio a grandes turbulências; vejo a santidade nas mãos que apaziguam desencontros e acalmam tempestades; vejo a santidade nas mãos que educam para o bem; vejo a santidade nas mãos que corrigem com delicadeza; vejo a santidade nas mãos que perdoam e ajudam a fechar feridas; vejo a santidade nas mãos que abençoam e agradecem; vejo a santidade nas mãos que assistem e que vão ao encontro dos mais necessitados”.

 

Ora, ter mãos limpas e coração reto são exigências do nosso Batismo: urgências muito importantes na vida pessoal, familiar, eclesial, social, econômica e política. “Mãos sujas” é sinônimo de malandragem, corrupção e falcatruas. Daí as consequências terríveis: roubos de dinheiro público, superfaturamentos de grandes obras, desvios e tantos outros males que envergonham o Homem do Bem! Portanto, “mãos limpas” não somente por causa da pandemia, mas para fazer o bem e atender aos apelos do Senhor!

 

Boas festas sob a proteção da Virgem Maria e de São Roque!

 

Pe. Daniel Balzan – Pároco

 


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