Os Fundos de Investimentos Imobiliários, popularmente conhecidos como FII’s, são soluções de mercado muito atrativas para investidores de diferentes tipos. Por se tratarem de fundos, são vendidos sob a forma de cotas dentro de um conjunto de ativos.
A proposta é que o investidor interessado em aplicar nesse tipo de oferta adquira uma participação ao lado de outros cotistas. Com o montante de cotas acumulado nestas transações, os fundos podem investir no mercado imobiliário.
Na prática, é uma maneira de o investidor fazer parte de grandes projetos ainda que não tenha muitos recursos.
É inevitável considerar o cenário de pandemia ao avaliar qualquer tipo de investimento, seja em renda fixa ou renda variável. Em relação a isso, os FII’s também têm sido impactados, o que não significa que seja necessariamente ruim.
Por exemplo, apesar dos fundos de shopping estarem sofrendo mais por causa da alta do e-commerce, fundos de logística têm se destacado em função da maior demanda nos últimos meses.
A realidade é que 2019 foi bom para FII’s e 2020 continua interessante. O horizonte é de juros baixos e viés deflacionário. Logo, com o aprofundamento da crise, os investimentos tradicionais foram perdendo espaço e, na busca por ativos mais interessantes, os FII’s ganharam protagonismo.
Os números comprovam. De acordo com o especialista em fundos imobiliários, professor Marcos Baroni, o Brasil tem se aproximado da marca de 850 mil investidores em FII e a tendência é bater 1 milhão até o fim de 2020.
O investimento em imóveis está entre o que existe de mais atrativo no mercado. A explicação para isso é muito simples. As pessoas precisam de lugares para morar, e as empresas de locais para exercerem suas atividades.
Entretanto, nem sempre é fácil adquirir esses ativos. É nessa lógica que o investimento em FII se torna atraente.
Por se tratar de um fundo, permite que mesmo o investidor com poucos recursos consiga participar de projetos de grande porte, como centros de logística, por exemplo.
Na prática, o interessado só precisa comprar cotas de fundos para lucrar com a valorização de empreendimentos de destaque no mercado, ainda mais agora que o preço de determinados ativos se encontra abaixo do normal.
Basicamente, os FII’s se dividem entre os de tijolo e os de papel. A diferença entre eles está na natureza do investimento. FII’s de tijolo são ativos físicos, de construção, enquanto os de papel são recebíveis, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI’s) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI’s), podendo ser também fundos novos que adquirem cotas de outros fundos prontos (os chamados fundos de fundos).
Existem diferentes tipos de fundos de tijolo e de papel, alguns se concentram em escritórios, em prédios comerciais, em hospitais, entre outros. FII's podem se concentrar em somente uma fonte de renda ou contar com vários ativos, estes, costumam oferecer maior segurança para o investidor, pois o conjunto tende a amenizar eventuais desvalorizações de uma unidade.
Não é difícil começar a aplicar nesse tipo de solução, o que, inclusive, pode ser feito sem que o investidor saia de casa. Basta ter acesso a uma plataforma de investimentos de uma corretora de valores e acessar o Home Broker onde os FII’s são negociados.
Com essa tecnologia a transação é simplificada, podendo ser feita de maneira bem parecida com a compra de ações. Sabendo qual é o código do projeto, o investidor só precisa fazer uma ordem de compra com o valor do que pretende adquirir e o resto a corretora se encarrega de tocar.
Trata-se de uma grande oportunidade de participar de projetos dos mais diversos tipos no mercado imobiliário, que é um segmento bastante atrativo.
Destaque para os coworkings, os espaços de logística e mesmo os shoppings, que tendem a se valorizar em um futuro próximo, oferecendo boas possibilidades de retorno para o investidor mais atento.