As vacinas da Universidade de Oxford e da CanSino Biologics, a primeira desenvolvida no Reino Unido e a segunda na China com o intuito de conter a Covid-19, foram anunciadas nesta segunda-feira (20), como vacinas seguras e que induziram resposta imune, de acordo com o que apontam testes preliminares.
Vacina de Oxford
A vacina da Universidade de Oxford, no Reino Unido, é a mais adiantada das que estão em pesquisa, segundo a OMS - Oraganização Mundial da Saúde. Ela apresenta resultados que se referem às duas primeiras fases de testes da imunização e que já eram esperados pelos pesquisadores.
No entanto, a pesquisa ainda não permite concluir se realmente uma pessoa exposta ao Sars-Cov-2 fica imune com a vacina. A fase 3, última dos testes, ainda está em andamento no Brasil e em outros países e, ela é que vai constatar se existe eficácia em uma grande quantidade de pessoas.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) afirmou que, se tudo der certo, o imunizante poderá ter seu registro liberado em junho de 2021.
Vacina da CanSino Biologics
A vacina da chinesa CanSino Biologics teve seus resultados publicados na revista científica The Lancet e, ainda de acordo com o G1, refere-se à fase 2 de estudos da vacina, que envolveu testes em 500 pessoas em Wuhan, epicentro inicial da pandemia do coronavírus. A pesquisa teve como objetivo principal avaliar a resposta imune e a segurança para determinar a dose mais adequada para a fase 3, última dos testes, que já está em andamento.
Os autores deste estudo dizem que é necessário lembrar que nenhum participante teve exposição ao vírus Sars-CoV-2 depois de ter sido vacinado. Sendo assim, não é possível determinar se essa candidata à vacina oferece proteção contra a contaminação por coronavírus no ambiente.
Assim como a de Oxford, a terceira fase de testes da vacina chinesa será fundamental para comprovar se o imunizante protege de maneira efetiva contra a infecção por Sars-CoV-2 em um grupo mais amplo de toda a população.
Distribuição leva tempo
É muito importante lembrar que as vacinas, mesmo que avançadas em relação às outras, ainda levarão tempo até terem seus testes finalizados, para que finalmente possam entrar em circulação e atender à demanda mundial contra este vírus que assombra a todos desde o fim do ano passado.