São Roque e região passarão por mudanças expressivas a partir da segunda-feira, dia 1° de junho com a flexibilização comercial presente na nova etapa do Plano São Paulo. A medida permitirá a abertura de mais comércios para atendimento presencial, porém em nada muda as orientações de isolamento social estabelecidas na quarentena, que será estendida até o dia 14 de junho e que mantem todas as orientações preventivas a população, como por exemplo a obrigatoriedade do uso de máscaras, completa higiene das mãos, proibição de aglomerações e a recomendação de que as pessoas continuem em casa e somente saiam em situações de necessidade.
É importante lembrar que a pandemia não terminou, aliás o número de mortes no país vem subindo a cada dia e o vírus está por aí, solto e infectando e matando crianças, jovens e adultos.
Numa recente reportagem da CNN Brasil foi confirmado que pelo menos 130 mortes de crianças e adolescentes pela Covid-19 ocorreram até quinta-feira (21), segundo levantamento da reportagem com todas as secretarias estaduais de saúde do país. O Nordeste tem o maior número de mortes de 0 a 19 anos, com 55 casos espalhados por todos os estados da região.
A flexibilização do comércio gerou um alerta na prefeitura municipal com relação a possibilidade de incentivar as pessoas a retomarem suas rotinas e passarem a se descuidar das medidas sanitárias, o que poderia provocar um aumento no número de casos no município, que nas últimas semanas tem registrado uma média de um caso por dia. A preocupação também é compartilhada com alguns comerciantes com quem o Jornal da Economia conversou.
A maioria da população de São Roque tem respeitado as medidas preventivas, porém muitas pessoas ainda podem ser vistas saindo de casa sem necessidade e sem o uso de máscaras, porém os fiscais municipais, aliados a Guarda Municipal continuam suas ações de monitoramento que devem ser ampliadas com o aumento de comércios que passam a abrir a partir de segunda-feira (01/06).
Resta saber como a medida irá impactar os índices em São Roque e região no enfrentamento do coronavírus, visto que o plano de flexibilização aplicada pelo estado vai na contra mão do adotado em outros países. Alemanha e China somente apresentaram seus planejamentos de reabertura após reduções do número de casos de covid-19, quando já haviam passado o pico da pandemia e entravam numa fase decrescente de contaminação da doença. Já países que mantiveram suas ações comerciais, como Coreia do Sul, somente o fizeram com medidas amplas de testagens e contenção do vírus.
Nenhuma das duas situações se enquadra na dramática condição brasileira de contenção do coronavírus. O país é um dos que menos testa casos no mundo e segundo informações do próprio Ministério da Saúde, o país caminha para o pico da doença, o que deve ocorrer em junho, onde deve haver um aumento do número de casos no interior.
“Nós temos o impacto das capitais e regiões metropolitanas. Esse impacto ele vai passar e nós vamos ter o espraiamento disso de alguma forma para o interior, e vamos ter que ter as estruturas que foram preparadas na capital e regiões metropolitanas para receber esse pessoal do interior que não tem as estruturas lá”, afirmou o Ministro Interino da Saúde Eduardo Pazuello.
Deste modo, com a flexibilização passa a ser ainda maior a necessidade da colaboração da população com o isolamento social.
Cuidados especiais
Por isso, caso você necessite sair de casa, utilize máscara, não leve a família, lave bem as mãos com água e sabão e fique distante das pessoas por pelo menos 2 metros. Ao retornar para casa, deixe as roupas num balde para lavar, higienize sapatos e objetos pessoais (celular, óculos, relógio e outros), ao entrar em casa, vá direto para o banheiro e tome um bom banho.