29/05/2020 às 20h35min - Atualizada em 29/05/2020 às 20h35min

Como tratar as cólicas menstruais fortes.

Assessoria de Imprensa Foto: Pixabay

A cólica menstrual, chamada cientificamente de dismenorreia, é um problema que afeta cerca de 65% das mulheres brasileiras em idade fértil (entre a primeira e a última menstruação).

Em cerca de 10% dos casos, a dor é incapacitante, prejudica drasticamente a qualidade de vida e a produtividade da mulher. E pode indicar doenças mais graves.

Por ser um sintoma recorrente, a maioria das mulheres acostuma-se com a rotina mensal de dores e acaba cometendo o grave erro da automedicação.

Essa prática é totalmente contraindicada, pois o uso de analgésicos de forma indiscriminada pode mascarar doenças mais graves no sistema reprodutor.

Este texto traz informações sobre quais são as causas e tipos da dismenorreia, como prevenir e amenizar as dores. E, principalmente, quando é necessário buscar ajuda em uma clínica de  ginecologia.

Tipos, causas e consequências

A dismenorreia pode ser primária ou secundária. Ambas têm como consequência dores abdominais que variam de intensidade e tempo de duração, além de outros sintomas associados, como náusea, vômito, fadiga e cefaleia.

A primária é muito comum nas mulheres mais jovens. É uma dor que surge na parte inferior do abdômen, pode refletir nas costas e coxas e durar entre 12 a 72 horas. Pode acontecer na menarca (primeira menstruação) e tende a diminuir de intensidade e frequência após os 25 anos ou depois da primeira gravidez.

As causas da dismenorreia primária são as substâncias chamadas prostaglandinas, produzidas no útero e liberadas durante período menstrual. Quando isso ocorre, o músculo uterino tende a contrair, diminuindo a circulação nos vasos sanguíneos e a oxigenação no órgão. É essa variação no funcionamento do útero a causa da dor.

Já a dismenorreia secundária é um problema mais recorrente em mulheres de idade mais avançada e pode ser mais preocupante, pois esse tipo de cólica é associada a outras doenças mais graves - mioma uterino, doença inflamatória pélvica, endometriose ou malformação uterina. Reações inflamatórias decorrentes do uso do DIU também podem causar a dismenorreia secundária.

Diagnóstico

Se é um sintoma considerado tão normal e recorrente na vida das mulheres, quando é a hora de procurar um médico?

As mulheres precisam ter em mente que dor em excesso nunca é normal. Quando a dor é incapacitante e afeta a rotina da mulher, o ideal é procurar um médico especialista para investigar a saúde do sistema reprodutor por meio de exames.

As pacientes podem procurar a clínica ginecológica da Rede D’Or São Luiz. O (a) ginecologista fará uma análise do quadro clínico da mulher, procurando identificar a frequência e intensidade das dores, além da regularidade do ciclo menstrual.

Por meio dos exames de laboratório e de imagem (ressonância e ultrassonografia), é possível detectar anormalidades e doenças associadas que podem ser graves, gerar outras complicações e até mesmo afetar a fertilidade.

Tratamentos

Um estilo de vida saudável, com prática de exercícios aeróbicos, alimentação saudável e controle de stress, ajuda bastante a diminuir as dores nos casos da dismenorreia primária.

Além disso, o ginecologista pode prescrever medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, com as substâncias e doses seguras para cada paciente.

Uma solução caseira para o alívio das dores menstruais primárias é a aplicação de calor na região pélvica, com compressas de água quente.

O uso de contraceptivos hormonais - com a orientação médica - também é uma opção que pode aliviar ou eliminar as dores nos casos primários, pois são substâncias que bloqueiam a ovulação e diminuem o volume da descamação da parede uterina.

Já no caso da dismenorreia secundária, o tratamento vai depender da doença associada ou da anormalidade uterina geradora da dor. Em certos casos, o tratamento inclui intervenções cirúrgicas.

 


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