28/04/2020 às 18h04min - Atualizada em 28/04/2020 às 18h20min

João Doria declara que São Paulo não reabrirá comércio para o Dia das Mães

"Teremos uma quarentena obrigatória até o dia 10 de maio, a não ser serviços essenciais. Os demais podem atender online”.

- Foto: Reprodução / ISTOÉ Independente
Fonte: Portal UOL / Estadão

O governo do Estado de São Paulo e a prefeitura da capital descartam qualquer possibilidade da reabertura do comércio para o Dia das Mães. Representantes do comércio pressionam para que os estabelecimentos sejam reabertos e possam funcionar em uma das datas que geram maior venda no ano depois do Natal. O governador de São Paulo, João Doria, fez uma declaração afirmando que não vai atender à solicitação e ressaltou que o distanciamento social não permite que estabelecimentos de serviços não essenciais funcionem até, pelo menos, o dia 10 de maio.

“Do ponto de vista do governo, já respondemos que não há exceção. Não houve para a Páscoa, não terá para o Dia das Mães. Teremos uma quarentena obrigatória até o dia 10 de maio, a não ser serviços essenciais. Os demais podem atender online”, disse. “Reconheço que é uma data importante, aliás, foi institucionalizada pelo meu pai em 1949, como publicitário que era. Não tenho mais minha mãe, gostaria de ter para dar um abraço, mas tenho certeza que todas as pessoas saberão compreender, aquelas que ainda têm suas mães, que é melhor proteger do que colocar em risco”.

Na quinta-feira (23), João Doria realizou uma reunião virtual com empresários do setor varejista, onde foi sugerida pelo governador a proposta de alterar a data do Dia das Mães para o mês de agosto. A medida, que provocou discussões, ocorreria para gerar impulso ao comércio, que ainda permanece fechado por conta da quarentena. A proposta surgiu quando comerciantes passaram a pedir para que seus negócios reabrissem a partir de 1º de maio, pois a data comemorativa está em segunda posição no quesito faturamento das empresas, perdendo somente para o Natal.

A FecomércioSP desconsidera a sugestão feita por João Doria, pois de acordo com ela, o comércio não consegue engrenar faltando poucos dias para a celebração, levando em conta que no momento vários fatores já estão em curso, como o planejamento de estoques, promoções, extensão de canais de atendimento, campanhas de marketing, ajuste do quadro funcional, entre outras práticas, além de possivelmente concorrer com o Dia dos Pais (data sempre comemorada em agosto). Após meses de crise econômica, se espera que haja uma conjuntura ainda mais negativa no período, devido ao aumento de desemprego, endividamento e inadimplência dos cidadãos.

Ainda segundo a Federação do Comércio, o governo precisa se concentrar em medidas para que ocorra diminuição de prejuízos e também para que seja evitado o fechamento de empresas.

De acordo com informações do Portal UOL, existem estudos em curso para criar regras para uma reabertura gradual de negócios no Estado, num trabalho feito por economistas e especialistas em saúde. No entanto, as normas serão conhecidas somente na próxima semana. Até que chegue o momento da decisão, Doria disse que não vai flexibilizar a quarentena.

O mesmo é partilhado pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que não pensa em autorizar que comércios, independente do tamanho, retomem o funcionamento. Ele demonstrou logo no início de sua fala que não há qualquer possibilidade de reabertura para o Dia das Mães.

“Sem nenhuma chance. Faço o reforço para que as pessoas denunciem o comércio não essencial aberto. Por favor, denunciem no 156. Muito mais importante do que o comércio no Dia das Mães é a proteção da vida”, declarou o prefeito.


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