28/04/2020 às 14h04min - Atualizada em 28/04/2020 às 14h18min

Anvisa aprova realização de testes rápidos para coronavírus em farmácias e drogarias

Farmácias e drogarias escolherão se querem disponibilizar os exames

- Foto: Divulgação/Secom

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (28), a realização de testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus, em farmácias e drogarias. A autorização passará a valer a partir da publicação de uma resolução da diretoria colegiada no Diário Oficial da União e irá vigorar enquanto durar a situação de emergência de saúde pública nacional,

Com a decisão, os testes deixam de ser feitos obrigatoriamente apenas em hospitais e clínicas, porém farmácias e drogarias não tem a obrigação de disponibilizarem os exames, sendo que os estabelecimentos que optarem realizar o procedimento deverão ter um profissional qualificado durante todo o horário de funcionamento. Os testes deverão serão feitos no local e o resultado deverá ser interpretado por um profissional de saúde, juntamente com outros dados do paciente.

Por ser um procedimento utilizado como auxiliar no diagnóstico, o teste rápido não tem finalidade comprobatória e assim não será utilizado para a contagem de casos do coronavírus no país, já que o procedimento apresenta possibilidade de atestar "falso negativo", principalmente quando o paciente for testado no estágio inicial da doença, quando há ausência ou baixos níveis de anticorpos de Sars-CoV-2 na amostra.

Apesar de não ser um teste tão preciso quanto o realizado pelos órgãos especializados, como o Instituito Adolfo Lutz (que avalia os testes suspeitos em São Roque), a ANVISA vê nos testes rápidos uma importante arma de combate ao covid. "O aumento [dos testes] será uma estratégia útil para diminuir a aglomeração de indivíduos [em hospitais] e também reduzir a procura dos serviços médicos em estabelecimento das redes públicas”, disse o diretor-presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra Torres, durante a reunião.

Com a nova medida, espera-se que as secretarias estaduais e municipais de saúde devam se reunir com as farmácias para determinar um fluxo de informação sobre os resultados desses testes. A forma como cada secretaria de saúde irá avaliar e tomar ações baseadas nestes dados deve ser informada futuramente por cada governo estadual e municipal.

Para o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João, ”a inserção dos testes rápidos nas farmácias comunitárias privadas é uma iniciativa importante para ampliar o acesso aos exames, reduzir custos, evitar aglomerações, bem como diminuir a procura de serviço médico em estabelecimentos da rede pública já altamente demandada”.


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