20/04/2020 às 16h41min - Atualizada em 20/04/2020 às 17h03min

Advogado de defesa pede na justiça a anulação de processo contra ex-prefeito Carlos Aymar

Carlos Aymar está respondendo o processo em liberdade com medidas cautelares

O Jornal da Economia recebeu nesta semana informações da assessoria de imprensa do ex-prefeito de Araçariguama, Carlos Aymar, que foi solicitado na justiça a anulação do processo no qual ele é acusado de receber propina dentro da prefeitura.

“Na última semana foi encaminhada à Justiça um Mandado de Segurança solicitando a nulidade completa do processo que o ex-prefeito de Araçariguama, Carlos Aymar, enfrenta, sendo acusado de crimes que, segundo novas provas, seriam impossíveis de terem ocorrido”, informou a assessoria de imprensa.

Carlos Aymar está respondendo o processo em liberdade com medidas cautelares desde 26 de março, após a Justiça conceder habeas corpus solicitado pela defesa e aguarda o restante dos trâmites judiciais.

 “No processo são verificadas pelo menos 21 falhas, contradições e indícios de ilegalidades cometidas pelos agentes públicos desde o início do inquérito, o que acabaram por nortear de forma distorcida todo o processo, inclusive levando Carlos Aymar a cumprir prisão preventiva por quase seis meses”, diz a assessoria do ex-prefeito.

 A acusação que sustentou toda a ação dos policiais foi que Carlos Aymar, esposo da prefeita Lili Aymar, e Israel Pereira, Secretário de Governo, teriam exigido pagamento de vantagens indevidas para a emissão de alvará para a implantação de um loteamento, o qual a denunciante estaria realizando na cidade, através de uma cooperativa administrada por ela.

 “Ocorre que através de documento fornecido pela própria Prefeitura de Araçariguama, hoje conduzida pelo vice prefeito que assumiu o cargo após o afastamento de Lili Aymar, comprova que não havia absolutamente nenhuma documentação referente ao suposto empreendimento, ou seja, nem sequer havia um projeto, pedido de documentação ou informação alguma que pudesse validar a veracidade da acusação. Nesse caso, é no mínimo de se estranhar que se pudesse pedir alguma vantagem sobre algo que nem existia naquele momento e que só passou a ter o primeiro documento protocolado junto à Prefeitura em 16 de janeiro, ou seja, aproximadamente três meses após a prisão dos acusados, sendo este um pedido de diretrizes, que constitui apenas no primeiro passo para que se possa dar início a um projeto de loteamento em um município”, completa o informativo da assessoria.

Procurado pela nossa reportagem, Carlos Aymar preferiu não se pronunciar e indicou o advogado Dr. Sergio Raposo, para que o fizesse em seu nome.

O advogado, Dr. Sergio Raposo afirmou que: “Temos convicção que a promotoria e juízo verificarão que foram absurdamente induzidos ao erro, castigando de forma irreparável o ex-prefeito Carlos Aymar, que ao longo de mais de 30 anos de vida pública, dedicou seus esforços para servir a população. A anulação do processo ou a absolvição sumária do réu será a real feitura de justiça, mas a reparação total dos danos pessoais e de imagem de Carlos Aymar só serão plenos com a continuidade da investigação dos motivos de tal armação, desvendando quem se beneficiaria com o que ocorreu e inclusive fazendo uma devassa completa sobre a tal cooperativa que, mesmo sem ter absolutamente nenhum documento que a autorizasse, passou a vender lotes “fantasmas” para a população da cidade. Tudo deve ser investigado, esclarecido, tornado público e os que realmente cometeram crimes e desvios de conduta, rigorosamente punidos.” Disse o advogado de defesa.

 


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