Segundo dados de janeiro do CNES ( Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) havia 50 mil leitos de UTI no país sendo apenas 22 mil vagas disponibilizadas pelo SUS. Entenderam a preocupação?
A comparação entre cidades de outros países que adotaram precocemente a medida de “confinamento “da população, mostra importante diferença no número de casos de COVID-19.
Isso ocorre porque o coronavírus tem fácil transmissão interpessoal, através de gotículas de saliva eliminadas em espirros ou tosse. Além disso, esse vírus tem a capacidade de permanecer vivo por horas em aerossóis no ar e em superfícies que foram atingidas por essas gotículas.
Precisamos atuar em duas frentes:
construção emergencial de novos leitos de UTI com respiradores e equipes treinadas evitar a propagação do vírus entre as pessoas e essa medida depende exclusivamente da população: FICAR EM CASA e atentar para os cuidados de higieneNão sair as ruas sem motivo forte para tal, evitar atividades físicas que exponham a risco de traumas ou até mesmo atividades intensas, pois qualquer ocorrência médica poderá ser motivo para um pronto atendimento em ambiente hospitalar e correr sérios riscos de contaminação pelo coronavírus. É hora de nos trancarmos, nos escondermos como qualquer ser vivo que está sob ataque e em perigo iminente.
Teremos consequências? Sim e não serão pequenas. Se nada acontecer nesse período interrompendo a evolução natural da doença, as complicações econômicas serão severas, mas poderão ser ainda maiores se a contenção de doentes e mortes não forem feitas.
Como podemos falar de mortalidade baixa, se não identificarmos os doentes e nem os motivos de óbitos por falta de testes ou pela demora na obtenção dos resultados?
Nesses cenários todo cuidado é pouco.
Dra. Renata de Campos Boschini
CRM 98255
Clínica Médica Santa Helena