25/08/2014 às 10h07min - Atualizada em 25/08/2014 às 10h07min

Morre Antônio Ermírio de Moraes

Empresário faleceu aos 86 anos por insuficiência cardíaca

Da Redação: Rafael Barbosa - Imagem: Exame
Da Redação: Rafael Barbosa - Imagem: Exame

O empresário Antônio Ermírio de Moraes faleceu na noite de domingo, dia 24, em sua casa, no bairro do Morumbi, na capital paulista. O corpo do presidente de honra do Grupo Votorantim está sendo velado neste momento, no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa e o sepultamento acontecerá as 16hrs, no Cemitério do Morumbi, na zona oeste de São Paulo. Moraes tinha 86 anos e deixa sua mulher Maria Regina de Moraes, com quem teve nove filhos.

Nascido em 1928, o empresário se formou em Engenharia Metalúrgica pela Colorado School of Mines, nos EUA. Iniciou sua carreira no grupo Votorantim em 1949 e foi um dos grandes responsáveis pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, em 1955. Em 62, assumiu o comando do grupo e ao longo dos anos construiu um dos maiores impérios econômicos do país, chegando a ser o homem mais rico da América Latina.

Em nota, o Grupo Votorantim afirma que perdeu “um grande líder, que serviu de exemplo e inspiração para seus valores, como ética, respeito e empreendedorismo, e que defendia o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde e educação de qualidade para todos”.

Acompanhante Ferrenho da política nacional, lançou em 1978, ao lado de sete outros empresários de renome, o manifesto histórico conhecido como “Documento dos Oito”, onde pediam mudanças na política economia e a volta da democracia. Candidatou-se ao governo de São Paulo pelo PTB em 1986, mas acabou perdendo a campanha para Orestes Quércia (PMDB).

Mas apesar de toda a sua trajetória nos negócios e na política, Moraes encontrou sua paixão no campo artístico. Foi autor de cinco livros, além de escrever e produzir três peças teatrais que falavam sobre os problemas brasileiros; “Brasil S.A.”, “SOS Brasil” e “Acorda Brasil”. Também escreveu por 17 anos em uma coluna dominical no jornal Folha de São Paulo e por sua trajetória literária, conquistou a cadeira 23 na Academia Paulista de Letras.


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