20/09/2019 às 10h15min - Atualizada em 20/09/2019 às 15h01min

Mês do combate ao suicídio: saiba identificar quando uma pessoa precisa de ajuda

A cada ano, mais de 800 mil cometem suicídio em todo mundo

- Fotos: Divulgação

A campanha “Setembro Amarelo”, criada no Brasil em 2015, é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) para o combate ao suicídio.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% das pessoas que colocam fim à própria vida são portadores de transtornos mentais, muitas vezes não diagnosticados. Ainda segundo a OMS, esse mal acomete, principalmente, pessoas entre 15 e 29 anos, sendo a segunda maior causa de morte no mundo.

A cada ano, mais de 800 mil cometem suicídio em todo mundo e no Brasil, dados de 2018 do Ministério da Saúde, apontam que, a cada 45 minutos uma pessoa morre dessa forma, o equivalente a uma média de 32 indivíduos, por dia.

Diante de números tão alarmantes, fica clara a importância da mobilização de toda a sociedade para falar sobre o assunto. “Esclarecer a população sobre as causas, os sinais que uma pessoa apresenta quando está prestes a se suicidar e como é possível ajudar diante de uma situação extrema, como essa, são medidas fundamentais para prevenir esse tipo de ocorrência”, explica Dra. Tatiana Castanho, psiquiatra que atende no Hospital Evangélico de Sorocaba (HES).

 

Mas, em contrapartida, há uma porcentagem positiva de prevenção. Segundo a OMS, cerca de 90% dos casos podem ser prevenidos, se identificados precocemente.  A psiquiatra que atende no HES orienta ficar alerta para alguns sinais normalmente apresentados, tais como as seguintes mudanças de comportamento levantadas pelo CVV:

·         Isolamento social;

·         Falta de interesse por atividades cotidianas;

·         Redução do autocuidado;

·         Desequilíbrio emocional;

·         Uso de drogas;

·         Comentários relacionados à morte e ao suicídio, como: “vou sumir daqui”, “eu não aguento mais esta vida”, “preferia morrer a passar por isso”, “não tenho mais ânimo para viver”, dentre outros.

Dra. Tatiana fala que ouvir o que a pessoa fragilizada tem a desabafar já é um tipo de auxílio. “O primeiro passo para ajudar essas pessoas é o diálogo. Ouça esse amigo ou parente com o coração aberto, sem julgamentos. Apenas escute, pois, na maioria das vezes, ele quer apenas desafogar o que está ‘preso na garganta’. O ombro-amigo é o melhor remédio nesse tipo de situação. E, após esse desabafo, ir conversando e orientando essa pessoa a procurar ajuda médica especializada, pois só um especialista conseguirá avaliar o caso, para recomendar o melhor tratamento para cada um”, finaliza.


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