25/08/2019 às 16h00min - Atualizada em 23/08/2019 às 16h43min

CRAS de Mairinque recebe palestra sobre Violência Doméstica

A ação foi realizada na quarta-feira (21)

Divulgação

O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS da Vila Barreto recebeu na quarta-feira (21) uma palestra da representante das Promotoras Legais Populares em Mairinque, Ildéia Maria de Souza, na qual foram abordados conceitos e situações envolvendo a violência doméstica, Lei Maria da Penha e Feminicídio. A ação contou com a presença de 40 moradores, dos profissionais da unidade e de enfermeiros da Estratégia da Saúde da Família – ESF Barreto Alto.

Durante a conversa, Ildéia comentou sobre as diferentes formas de violência doméstica, que variam entre física, psicológica, patrimonial, moral e sexual, apresentou a Lei Maria da Penha e os direitos assegurados em caso de agressão e divulgou serviços de proteção à mulher, como é o caso da “Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180”.

Além disso, explicou sobre o feminismo e quebrou todas as falsas ideias impostas sobre o assunto, após mostrar mulheres que fizeram história, tais como Antonieta de Barros, “Pagu”, Clara Charf, Rose Marie Muraro, Cora Carolina, Salvadora Lopes, Elis Regina e Amélia Teles.

Em Mairinque, as vítimas podem procurar a Delegacia de Polícia, localizada à Rua Elias Sodré, nº 27, Centro, ou a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, situada à Rua Jacob Correa Pinto, nº 199, Jardim Cruzeiro Gleba B. A OAB realiza plantões diários entre 13h e 16h e a “Comissão de Defesa e Amparo à Mulher Vítima de Violência” faz o encaminhamento ao profissional presente.

O CRAS e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS da cidade também atendem as vítimas de agressão e disponibilizam serviços de proteção social com profissionais que auxiliam e direcionam as mulheres.

Presente na atividade, o Assistente Social e Coordenador do CRAS – Vila Barreto, Douglas Guimarães, afirma que a cada dez mulheres atendidas, pelo menos três têm histórico de violência. “A maioria das pessoas não tem acesso à informação e nos procuram somente pelo Bolsa Família, sem saber que por trás de tudo isso temos outros serviços e que, inclusive, disponibilizamos esse apoio”.

“Os serviços do CRAS e do CREAS foram construídos para atender a população de uma forma baseada no acolhimento e no fazer com que as pessoas entendam que elas têm direitos. A filosofia do nosso trabalho é proteção social e, por isso, lutamos e acreditamos na importância de instruir as mulheres”, enfatiza Douglas.

Por fim, a psicóloga do CRAS, Carmen Silvia de Siqueira, ressalta a gravidade de não procurar ajuda nesses casos. “Toda essa violência traz problemas emocionais gravíssimos, e eu como psicóloga considero que a doença emocional é a pior que existe, principalmente por ser facilmente ‘mascarada’ e por ninguém entender o que realmente se passa. Portanto, é fundamental que as mulheres denunciem todo e qualquer tipo de agressão, ou até mesmo venham até o CRAS para que nós possamos dar todo o apoio necessário”.


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