28/06/2019 às 14h34min - Atualizada em 03/07/2019 às 14h53min

Apenas um a cada 100 mil habitantes é doador de sangue no Brasil

Um ato de amor ao próximo

- Fotos: Reprodução / internet

Doar sangue é um compromisso social e, acima de tudo, um ato de amor ao próximo. Nas bolsas de sangue, não há nomes, propagandas ou algo do tipo e também não é possível saber o destino delas, ou seja, quem irá recebê-las.

Ninguém, no decorrer da vida, quer precisar de sangue, mas, algumas enfermidades, pelas suas próprias características, fazem com que o paciente necessite ao longo do tratamento ou, ainda, tenha que passar por transfusões. Em se tratando de câncer, isso é comum. “O paciente pode precisar de doação de sangue em várias etapas do tratamento. Quem faz uma cirurgia, por exemplo, pode ter a necessidade de repor o sangue perdido”, explica Dra. Lisa Aquaroni Ricci, onco-hematologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (SP).

Outra situação possível é durante a quimioterapia, pois os medicamentos destinados a combater as células cancerígenas acabam também afetando as células da medula óssea, prejudicando a produção sanguínea. O paciente fica com nível baixo de plaquetas e, mais uma vez, a doação é muito importante. E, por último, após o transplante de medula óssea, o paciente precisará de transfusões, até que a medula esteja com sua funcionalidade restabelecida.

O fato é que, a cada ano, cresce o número de pessoas com essas necessidades, mas o de doadores não acompanha essa evolução. O Brasil tem um grande déficit de doadores, pois, segundo o Ministério da Saúde, o país tem apenas um doador a cada 100 mil habitantes. O ideal, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), é que 5% da população sejam doadores. Anualmente, aproximadamente 3,5 milhões de pessoas necessitam de sangue e nem sempre conseguem. No entanto, são comuns pedidos de ajuda em redes sociais ou campanhas para socorrer os que correm risco de morte pela falta de sangue.      

Na metade do ano, a situação costuma ser ainda mais preocupante, pois é comum uma baixa nos estoques devido à aproximação das férias escolares e à chegada do inverno. Segundo Dra. Lisa, mudar essa situação só depende de um pouco de empatia e 40 minutos de disponibilidade, tempo que dura uma coleta de sangue.  “Para ser um doador, é preciso gozar de boa saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg e estar bem alimentado. No caso de menores de idade, precisam estar acompanhados dos pais”, enfatiza.

Por isso, antes da doação, é feito um trabalho de investigação da saúde do doador. O primeiro passo é o cadastro, depois são feitos exames para certificar se há a presença de infecções ou vírus, a verificação dos sinais vitais da pessoa, a triagem e, somente então, é retirado o sangue. “Essa é uma maneira de garantir a qualidade do sangue que o paciente irá receber, que deve ser saudável e contribuir para a melhora da sua saúde, e não ser um transmissor de doenças”, frisa.

A quantidade de sangue retirada também não prejudica o doador e segue normas internacionais de segurança. “São apenas 450 ml que serão repostos naturalmente pelo organismo. Homens estão aptos a fazer uma nova doação em 60 dias e as mulheres demoram um pouco mais, 90. A doação de sangue é um gesto voluntário e altruísta, que pode salvar muitas vidas. Para ser um doador, procure o hemocentro de sua cidade”, convida Dra. Lisa.

Mais informações podem ser obtidas no site: www.oncologiasorocaba.com.br ou pelo telefone: (15) 3334-3434. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado na Rua Cônego Januário Barbosa, 238, no Jardim Vergueiro.

 

 

 

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