28/06/2019 às 13h16min - Atualizada em 28/06/2019 às 13h16min

Acusados de envolvimento na morte de Vitória Gabrielly vão a júri popular

Os réus foram denunciados pelo Ministério Público por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver

Portal G1

Os três acusados de envolvimento na morte da adolescente Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, em Araçariguama (SP), irão a júri popular. O servente de pedreiro Júlio Ergesse e o casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes estão presos em Tremembé, no Vale do Paraíba (SP). Eles já foram ouvidos em audiência e negaram os crimes.

A sentença foi proferida pelo juiz da Vara Criminal de São Roque (SP) na última quarta-feira (26). Os réus foram denunciados pelo Ministério Público por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver. O processo está em segredo de Justiça e a data para a realização do júri ainda não foi definida.

Na sentença, o juiz diz que o julgamento pelo tribunal popular "se trata de uma das raríssimas situações do direito processual penal que não é permeado pelo princípio do in dubio pro reo" (na dúvida, a favor do réu) e que "a dúvida milita a favor da sociedade, que, através do julgamento pelo tribunal do júri, decidirá sobre essa certeza".

De acordo com o Portal G1, a defesa de Júlio Ergesse disse que irá recorrer da decisão. O advogado de Júlio contesta o envolvimento dele no crime. Durante a investigação, o servente de pedreiro chegou a dar várias versões diferentes sobre o caso.

Segundo a sentença, "preliminarmente no tocante ao exame de insanidade, a questa?o ja? foi apreciada por duas vezes, sendo que sequer existiu o cuidado de apresentar documentac?a?o ido?nea a justificar o pedido. O fato de o re?u Ju?lio apresentar diversas verso?es na?o induz a problema mental, ainda mais que em todos os depoimentos mostrou articulac?a?o e racioci?nio, e que apenas corroboram a desnecessidade do exame de insanidade".

Um quarto suspeito de participação no crime foi preso no dia 21 de maio e reconhecido através de fotos por duas testemunhas protegidas. Odilan Alves, de 36 anos, morava em Itapevi (SP) e confessou que comandava o tráfico de drogas na região de Araçariguama.

A identificação dele como suposto mandante do crime foi possível em função de características passadas por uma testemunha protegida em depoimento ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo.

No dia 6 de junho, três jovens foram apreendidos no bairro Jardim Brasil, em Araçariguama, suspeitos de trabalharem para o traficante.

Ao fim do inquérito, Odilan pode responder por tráfico de drogas, associação criminosa e também pela morte de Vitória Gabrielly.


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