27/06/2019 às 09h56min - Atualizada em 27/06/2019 às 10h45min

Junho laranja e vermelho alerta para a anemia e a necessidade da doação de sangue

No Brasil, 1,8% da população doa sangue

No mês mundial de alerta para a doação de sangue, o Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, maior centro privado de atendimento ao câncer no país, destaca que uma doação de sangue pode salvar quatro vidas.

No Brasil, 1,8% da população doa sangue enquanto a meta da OMS- Organização Mundial da Saúde é de 3%. Ao mesmo tempo, 35 milhões de pessoas realizam transfusão de sangue. O mês de junho vermelho foi escolhido com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a necessidade de doação e agradecer aos voluntários pela atitude de salvar vidas.

Segundo o hematologista Adelson Alves, presidente do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, após a doação, o sangue é processado, ou seja, separado e se transforma nos seguintes hemocomponentes: o plasma, as hemácias, o crioprecipitado e as plaquetas.

As hemácias são utilizadas em pacientes que fazem cirurgias ou com anemias graves e nas hemorragias; o plasma é aplicado em pacientes com distúrbio de coagulação; os crioprecipitados são transfundidos em pacientes com deficiência de um fator de coagulação específico ou falta de uma proteína chamada fibrinogênio e as plaquetas são usadas em pacientes com câncer ou que necessitem de transplantes.

Qualquer pessoa pode doar sangue desde que esteja com boa saúde de acordo com o hematologista do Hemomed, porém, existem algumas restrições que visam manter a saúde de quem doa e evitar riscos para quem recebe o sangue.

O presidente do Hemomed destaca as condições importantes a serem observadas na doação: estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, ter peso igual ou maior que 50 quilos, não estar amamentando e não ser gestante e não ter feito tatuagem ou piercing nos últimos 6 meses. Ele informa ainda que o doador não pode ter tido hepatite após os 11 anos e não ser diabético com uso de insulina, estar alimentado aguardando pelo menos 2 horas após a refeição, ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas e não ter feito procedimento ou exames com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses.

Anemia

No mês de junho, a cor laranja da campanha da OMS alerta para a conscientização sobre a prevenção e tratamento da anemia. 

Segundo o hematologista Adelson Alves, presidente do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, a anemia é classificada em duas categorias: a hereditária ou a adquirida ao longo da vida. As hereditárias referem-se a alterações genéticas na fabricação do glóbulo vermelho como a Talassemia ou Anemias do Mediterrâneo comuns em indivíduos com ascendência italiana, portuguesa e libanesa ou ainda temos a Anemia Falciforme comum em africanos.

Nas anemias adquiridas, o hematologista destaca como causas carência de nutrientes, alterações da medula óssea como as leucemias ou outras doenças como a falta de ferro ou de vitamina B12, doenças renais crônicas e alterações da tireoide.

O tratamento indicado depende do tipo e da extensão da doença, podendo incluir reposição de vitaminas, cirurgias, transfusões de sangue e até o transplante de medula óssea.

 


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