14/06/2019 às 10h36min - Atualizada em 14/06/2019 às 11h16min

Entenda a importância em se doar sangue

Ação importante ainda é negligenciada no Brasil

Da Redação: Rafael Barbosa

Neste dia 14 de junho celebramos o Dia Mundial da doação de Sangue. O objetivo da data é homenagear a todos os doadores e conscientizar os que ainda não passam por este processo indolor e seguro sobre a importância deste ato, responsável por milhares de vidas todos os anos.

A data foi criada por iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2014 e homenageia o nascimento de Karl Landsteiner, um imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e várias diferenças entre os diversos tipos sanguíneos. Para dar maior visibilidade à doação foi lançada no estado de São Paulo a campanha Junho Vermelho, que ganhou status de lei estadual em 15 de março de 2017 (nº 16.386) e atualmente ocorre em todo o Brasil.

Campanhas são necessárias já que a doação de sangue é cada vez mais importante no Brasil, que tem uma grande carência neste setor e, consequentemente, de reservas de sangue. De acordo com dados do Ministério da Saúde, atualmente, 1,6% da população brasileira doa sangue, ou seja, um índice de 16 doadores para cada grupo de mil habitantes, sendo que a maioria são de jovens entre 18 e 29 nos, correspondendo a 42% do total de doações registradas no país.

Apesar do percentual de doadores brasileiros estar dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população, o país ainda tem níveis inferiores ao da grande maioria dos países da América Latina, segundo estudo divulgado pela BBC Brasil, em 2015.

Mas não é preciso muita pesquisa para se saber como estes dados trazem problemas para os bancos de sangue em todo o Brasil. Segundo dados do Hemocentro de São Paulo Pró-sangue, divulgados em na quarta-feira (12), apenas os estoques de sangue A+, B+, AB+ e AB- contam com um estoque estável, enquanto os tipos O+, O-, A- e B- contam com suas reservas em estado crítico.

Por isso incentivos como as campanhas de julho vermelho são importantes, já que a autossuficiência em componentes sanguíneos deve ser conseguida apenas quando o número de doações de sangue for de 3 a 5% da população, segundo informações da OMS.

Porém mais do que doar sangue seja importante, é necessário que a prática seja feita regularmente, já que o mesmo estudo realizado pela BBC diz que apenas seis em cada dez doadores (59,52%) doam espontaneamente e com frequência sem se importar com quem vai receber o sangue, sendo que a regularidade é a mais indicada pois garante um maior controle sobre a procedência e qualidade do sangue.

Este é o caso de Carlos Dias Garcia Junior, biólogo de 33 anos e morador de São Roque. Carlos começou a doar sangue na época da faculdade e desde então não parou mais de fazer sua contribuição periodicamente no hemocentro de Sorocaba, que é o que realiza a distribuição necessária para as cidades da região, como São Roque, Mairinque e Araçariguama.

Carlos contou a nossa redação que sempre sentiu muita segurança pois o local é limpo e os profissionais são muito atenciosos, embora sempre tome alguns cuidados básicos, como ficar de olho para ver se os profissionais estão usando produtos descartáveis, abrindo o pacote da agulha na sua frente do doador. Entretanto nunca houve problemas deste tipo nos mais de 10 anos em que passa pelo procedimento em Sorocaba.

“Incentivo as pessoas a doarem não apenas porque é um processo seguro ou porque talvez um dia nós precisemos de uma doação, mas principalmente para ajudar outras pessoas que podem estar precisando deste donativo, que não faz falta nenhuma para quem passa pelo procedimento, mas pode fazer toda a diferença para quem está necessitando deste sangue. No final é um procedimento tranquilo e que pode salvar uma vida”, completa Carlos. 


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