05/06/2019 às 13h41min - Atualizada em 05/06/2019 às 14h26min

Pronto Atendimento de Mairinque enfrenta falta de repasses e pode ficar sem remédios

Falta de pagamento dos médicos é apenas um dos problemas

- Foto: Divulgação
Da Redação: Rafael Barbosa

O Pronto Atendimento de Mairinque tem enfrentado sérios problemas por falta de repasses públicos. Segundo o setor Jurídico do Instituto Cisne, responsável pela administração do PA, a Prefeitura de Mairinque tem que repassar mensalmente R$ 650 mil reais ao hospital para cobrir os custos relacionados ao atendimento diário dos pacientes.

Entretanto, há alguns meses os custos têm sido depositados de forma parcial, cobrindo basicamente o pagamento dos funcionários efetivados do posto de saúde e não sendo insuficientes para que o pronto atendimento possa exercer sua função em sua totalidade.

A falta de recursos tem gerado grandes problemas. Na segunda-feira (03) o PA ficou sem médico e os atendimentos tiveram que ser feitos pelo coordenador do local. Segundo o instituto, a falta de médico ocorreu pela falta de pagamento, já que sem o repasse integral, o pagamento dos profissionais acaba não ocorrendo, desfalcando todo a grade de atendimento.

Porém os problemas podem ficar ainda mais sérios, já que sem o instituto já estaria comprando seus medicamentos básicos por meio crédito e se a situação continuar, o posto pode ficar sem remédios.

Segundo os últimos levantamentos do instituto, com os pagamentos atrasados a OS teria deixado de receber cerca de R$ 2 milhões, gerando uma situação em cadeia uma situação que vai se agravando com o passar do tempo e já atinge níveis dramáticos no único hospital da cidade. Segundo pacientes que estiveram no local na terça-feira (06), o hospital estava atendendo apenas casos de urgência e emergência e casos corriqueiros estariam com uma fila de espera de duas a quatro horas, entretanto segundo o instituto que administra o hospital, caso a falta de verba inviabilize a contratação de profissionais o atendimento do PA pode ficar restrito apenas atendimentos de Urgência e Emergência.

De acordo com o setor Jurídico do Instituto Cisne, a Prefeitura de Mairinque já foi notificada sobre a situação do hospital e os problemas decorrentes da falta do repasse integral em diversos momentos. 

O Jornal da Economia entrou em contato com a Prefeitura de Mairinque para abordar a situação do PA e questionar sobre as informações fornecidas pelo Instituto Cisne e que ações estariam sendo realizadas para resolver a situação, porém até o fechamento desta matéria, não houve resposta.

Comissão para analisar situação da saúde

Diante da situação dramática da saúde mairinquense, o Vereador Rafael da Hípica protocolou um projeto que cria uma comissão para analisar e acompanhar o cumprimento dos contratos de serviços terceirizados na área da saúde da cidade.

"Perante os últimos acontecimentos na área da saúde em nosso município como a paralisação parcial do Pronto Atendimento Municipal (P.A), a falta de atendimento médico no P.A, a falta de especialidades médicas, o atraso no pagamento e (VR) dos funcionários da organização social cisne, a falta de remédios, o atraso nos exames laboratoriais e outros problemas que nos são relatados diariamente pela população mairinquese é que protocolei nessa terça-feira dia 04/06 as 15h na câmara municipal de mairinque o projeto de resolução 05/2019 que cria em seu artigo uma Comissão Especial para estudar, investigar e acompanhar o cumprimento dos contratos de serviços terceirizados na área da saúde do município de mairinque", informou o vereador. 

O projeto deve ser votado na próxima sessão da câmara municipal.


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