Segundo o laudo apresentado pelo Instituto Médico Legal (IML), Maycon Aparecido da Silva Roque, de apenas cinco anos e que foi morto pela irmã, Karina Aparecida da Silva Roque, teria sido torturado quando ainda estava vivo. A criança foi encontrada pela família apresentando sinais brutais de tortura, tendo os olhos furados, o pênis decepado e os pés queimados, além de ter o corpo rodeado por velas.
Entretanto, devido ao depoimento inicial de Karina as autoridades, onde ela teria dito que havia asfixiado o irmãozinho com um travesseiro, as autoridades acreditavam inicialmente que a criança tivesse sofrido os ferimentos após sua morte. Porém, o laudo do IML aponta que o menino teria sofrido algumas destas lesões enquanto ainda estava vivo, entretanto não foi revelado quais seriam estes ferimentos.
Karina foi presa no dia do crime e teve a prisão preventiva decretada após passar por audiência de custódia. Ela foi encaminhada inicialmente à cadeia feminina de Votorantim, sendo transferida uma semana depois para o presídio de Tremembé (SP), onde foi alocada em uma cela isolada das outras presas. Deste então a acusada mantém uma rotina separada das outras detentas.
A medida foi tomada para resguardar a integridade física da acusada, segundo Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), mas a ação não é surpresa já que crimes contra crianças, principalmente os que trazem atos de brutalidade, como ocorreu em São Roque, costumam gerar grande revolta e ameaças por parte das presas.
Segundo as autoridades, a jovem praticou o crime sozinha e inquérito da Policial Civil já foi concluído e entregue ao Ministério Público. A jovem foi denunciada nesta segunda-feira (6) por homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de crueldade, traição, dissimulação, impossibilidade de defesa da vítima e ocultação de cadáver, além de tentativa de homicídio por ter dado uma pedrada no tio e maus-tratos por ter mordido o cachorro da família.