Apesar de o consumidor ainda sentir os efeitos da crise e a lenta retomada da economia e emprego, o varejo alimentar está otimista com as vendas no período da Páscoa. De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o setor espera aumento de 5% nas vendas no período em relação ao ano passado.
“Com um desemprego levemente menor e a confiança maior com o novo governo entre empresários e consumidores, os supermercados paulistas demonstraram isso com a projeção de 5% no aumento de vendas no setor, acima dos 4% esperados para a mesma data no ano passado”, comenta o economista da APAS, Thiago Berka.
Em pesquisa realizada pela entidade junto aos associados, cerca de 54% dos empresários estão otimistas com o futuro, sendo que 85% acreditam que terão aumento de vendas no período. “Este é o segundo teste do ano para o setor supermercadista, após o Carnaval. A Páscoa ainda é a segunda melhor data do ano para o varejo de alimentos, não só pelos chocolates, mas pelas compras de almoço e/ou jantar que as famílias realizam”, explicou Berka.
Preços dos doces
Cacau, leite, açúcar e farinha são os principais ingredientes de ovos de Páscoa e doces em geral. Com um dos maiores mercados de chocolates do mundo, não é surpresa aumento de preços quando há, por exemplo, alta do dólar ou do leite.
Um exemplo de alta nos preços é o chocolate em barra, item essencial para a produção de ovos de Páscoa. O produto está, em média, 4,84% mais caro – variação acumulada nos últimos 12 meses encerrados em março. Os doces, em geral, subiram 4,98% no mesmo período, impulsionados pelos aumentos de bombons e balas.
“O bombom promete ser o destaque desta Páscoa. Com o brasileiro buscando economizar, ele deve ser uma alternativa para presentear e substituir os tradicionais ovos de Páscoa de chocolate”, avalia o economista da APAS.