10/04/2019 às 23h06min - Atualizada em 11/04/2019 às 00h00min

Por que guardar dinheiro na Poupança já não é um bom negócio?

Assessoria de Imprensa Foto: Divulgação Shutterstock

A poupança reinou durante muito tempo como a principal forma que as famílias brasileiras tinham para investir o seu dinheiro para o futuro, por simples falta de opção de produtos com as mesmas características.

 

Enquanto a caderneta de poupança é tão antiga quanto o sistema bancário no Brasil, a concorrência demorou a chegar. Para se ter uma ideia, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que tornou os investimentos privados muito mais seguros, foi criado em 1995. O Tesouro Direto é ainda mais recente, surgiu apenas em 2002.

 

Hoje em dia, é possível encontrar muitos outros ativos para investir de forma segura e com baixo investimento.

Por que a poupança não é tão boa quanto antigamente?

Atualmente, a poupança remunera a Taxa Referencial (TR), que é zero, mais 70% da taxa Selic ao ano, sendo a Selic atual de 6,5%. A regra vale desde 2012 para quando a Selic for menor do que 8,5%. Isso faz com que a remuneração seja reduzida em períodos de inflação mais baixa.

 

Caso a Selic alcance ou ultrapasse 8,5%, o que aconteceu pela última vez em setembro de 2017, o cálculo fica em TR + 0,5% ao mês. Esse era o cálculo de rendimento da poupança até o início de 2012.  É considerado um rendimento baixo, que pode ser facilmente ultrapassado por outros investimentos. Então, é importante que o investidor saiba quais características são importantes para ele e quais delas estão presentes em outros produtos financeiros que podem alcançar um rendimento melhor.

Quais as características da poupança hoje?

A poupança historicamente possui as seguintes características:

 

Baixo risco - rentabilidade prevista conforme a fórmula explicada anteriormente.

 

Segurança - o dinheiro conta com a garantia do FGC.

 

Simplicidade - é possível investir no próprio banco.

 

Liquidez - possibilidade de sacar o dinheiro rápido.

 

Baixo investimento - investir com pouco, sem limite mínimo.

 

Só que, conforme mencionado acima, atualmente, a poupança não oferece bom rendimento. Há vários ativos financeiros com resultados melhores que a poupança e com baixo risco, como os CDBs e fundos de investimento. Mas o Tesouro Direto é o investimento que mais se aproxima das características da Poupança.

 

A maior diferença é que no Tesouro há investimento mínimo, a partir de aproximadamente R$ 30. Por isso, é a primeira indicação para o investidor que vai sair da poupança para um produto mais rentável.

As vantagens de trocar a Poupança pelo Tesouro Direto

 

No Tesouro Direto, há papéis com indexadores diferentes. São eles que dizem qual será a referência para o rendimento. Embora o risco seja sempre baixo, ele varia conforme o papel escolhido.

Um dos títulos que reúnem segurança e baixo investimento inicial é o Tesouro Selic. Ele rende conforme o índice, mas sem a redução do cálculo da poupança. Por conta disso, tem um rendimento superior.

 

Para quem quiser diversificar ou ter possibilidade de rentabilidade maior, o Tesouro oferece outros títulos. Eles têm rendimentos atrelados a outros indexadores, como Tesouro Prefixado (uma taxa fixa pré-determinada no ato da aplicação) e Tesouro IPCA (atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

 

No caso do Tesouro Selic, o valor mínimo para investir é atualmente R$ 100,37, preço de uma fração do título. Já a menor fração entre os títulos indexados ao IPCA, por exemplo, é de R$ 30,68, para o Tesouro IPCA+ 2045.

 

Também é possível investir em Tesouro Direto por meio de bancos, assim como a poupança. A diferença é que os bancos podem cobrar uma taxa sobre o investimento, no caso do Tesouro, que faz com que o rendimento seja afetado. Por isso, é indicado abrir uma conta em uma corretora de valores. O procedimento é simples e gratuito. Muitas vezes, não há nenhuma cobrança para os investimentos em Tesouro Direto.

 

Vale ressaltar que o Tesouro Direto não conta com garantia do FGC por ser assegurado pelo próprio Governo, o que o torna um dos ativos mais seguros do mercado financeiro.

 


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