07/04/2019 às 09h00min - Atualizada em 05/04/2019 às 00h00min

Unidades Básicas de Saúde do Taboão e Guaçu continuam abandonadas em São Roque

Unidades deveriam ter entrado em funcionamento em 2016

- Da Redação: Rafael Barbosa

Quatro anos após o início de suas construções, as obras de UBSs – Unidades Básicas de Saúde no Guaçu e Taboão continuam abandonadas em São Roque. Obras que deveriam auxiliar na melhoria da saúde  da população estão largadas, os empreendimentos hoje são um exemplo da má gestão do dinheiro público, fato que já foi denunciado  pelo Jornal da Economia em diversas ocasiões.

A construção da UBS no bairro no bairro Taboão teve início no dia 26/11/2014, com prazo de 420 dias para a conclusão de um empreendimento avaliado em R$ 1.041.540,16, enquanto que a UBS do bairro Guaçu (com obra avaliada em R$ 1.212.140,91), deveria ser entregue no início de 2016.

Porém as duas obras nunca deixaram sua fase de construção inicial e enquanto a obra no Taboão, localizada na Avenida São Luiz, tem apenas as paredes levantadas, a construção no Guaçu, na Avenida Prefeito Bernadino de Lucca, já conta com a estrutura de paredes e teto montadas, porém ainda está muito longe de ser concluída.

Em reportagem divulgada pela TV TEM nesta semana,  a prefeitura de São Roque afirma que a gestão do ex-prefeito Daniel de Oliveira Costa recebeu os recursos para a realização das obras, que foram esgotados sem que os prédios fossem construídos, rescindindo o contrato com as empreiteiras encarregadas das obras.  De acordo com a atual gestão foi tentado um diálogo com as empresas, para que retomassem as obras, porém devido ao tempo de abandono os empreendimentos já apresentam problemas estruturais, ou seja, boa parte do que foi construído teria que ser desfeito e os trabalhos teriam de ser recomeçados.

Na mesma reportagem, o ex-prefeito  Daniel de Oliveira Costa afirma que deixou verba federal para que a atual gestão terminasse as obras, e que os contratos foram rescindidos porque as empresas não teriam capacidade técnica e econômica para concluir os trabalhos. Fato que deixa a pergunta: Porque então elas foram contratadas?

A Atual administração, do Prefeito Cláudio Góes, informou que está sendo realizado um estudo para apurar o impacto financeiro no município para a construção das UBSs, porém não existe prazo para a conclusão desta pesquisa ou o início das obras.

Enquanto isso, os moradores dos bairros passam a ser atendidos em outros postos de saúde, porém as UBSs do Taboão e Guaçu ofereceriam a moradores da região o atendimento básico de forma gratuita como consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.

Um atendimento que inevitavelmente iria beneficiar outros setores ligados a saúde, já que em 2018, 46% dos atendimentos realizados na Santa Casa poderiam ser feitos nas UBSs, diminuindo a demanda no único hospital da cidade e consequentemente melhorando o atendimento na irmandade.

Mas, infelizmente, a situação das UBSs no Taboão e no Guaçu não deve se resolver em um futuro próximo.

Nesta mesma edição do Jornal da Economia estamos apresentando uma matéria especial sobre o Dia Mundial da Saúde, comemorado no dia 7 de abril, mas neste contexto, não temos nada a comemorar e sim a cobrar que as autoridades públicas cumpram a sua parte.


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