04/02/2019 às 13h29min - Atualizada em 04/02/2019 às 00h00min

Câncer de Ovário

por Dra. Patrícia Bretz

Recentemente, a mãe do ator Cauã Reymond faleceu em decorrência do Câncer de Ovário (de acordo com a imprensa). A partir de então algumas pacientes vieram me perguntar acerca do assunto; então, resolvi escrever um Artigo e espero ajudar.

 Para início de conversa, o Câncer de Ovário, de todos, é o mais agressivo. É chamado de ‘tumor oculto do abdômen’ porque quando se faz o diagnóstico, 60% já se encontra em estadiamento avançado e com chances baixas de sobrevida. Ele se espalha tanto pelo sangue quando por proximidade, tanto infiltrando quanto comprimindo os órgãos vizinhos.

 Bem, sempre quando se fala em câncer, as melhores medidas são de prevenção e mudanças de estilo de vida. A parte alimentar e a atividade física contam muito. Hoje, em nossa população, temos muito mais obesos do que pacientes com peso adequado. E quando a gente vai avaliar, de cada 100 casos de câncer de ovário, só 10% são genéticos.

 O Xenoestrogênio quando absorvido pelo corpo estimula divisões erradas. Ele está presente em diversos produtos do nosso dia a dia, tais como agrotóxicos, garrafas pets, condimentos etc. Exposição a talco também é um fator de risco. Assim sendo, sempre que possível procure se alimentar corretamente e evite embalagens de plástico e talcos e produtos de higiene íntima com muito perfume.    

 E bastante cuidado com a obesidade. O obeso não significa necessariamente uma pessoa bem nutrida. Muitas vezes seu corpo está inflamado, em desequilíbrio hormonal endógeno. Isso pode contribuir, sim, para o Câncer de Ovário.

 Se formos avaliar mais de 70% da população brasileira está em situação de sobrepeso e, ao mesmo tempo, mal nutrida, pelo excessivo consumo de carboidrato, salgadinhos e refrigerantes.

 A situação é que a gordura leva a uma conversão periférica de hormônio; o hormônio que se chama Estrona. Principalmente na pós-menopausa, o Estrona faz estragos na mulher, estimulando o ovário, que já não estava com uma função plena, a ter essas divisões errôneas, acarretando os cânceres, que são produzidos por esta conversão periférica de hormônio, em função da obesidade.

 O grande problema é que os exames não costumam revelar o Câncer de Ovário. Assim sendo, o que recomendo as minhas pacientes é que fiquem atentas aos possíveis sintomas, tais como distensão abdominal, alteração do intestino e de urina, ou mesmo aquela sensação de ‘empachamento’.

 Sugiro também que se faça o ultrassom, mesmo que ele não consiga detectar todos os casos, e que visite seu Ginecologista regularmente.

 Em casos genéticos, por vezes, pode-se recomendar a retirada dos ovários e há uma associação com Câncer de Mama. A retirada pode ser avaliada e a decisão sempre deve ser compartilhada com a mulher. 

 Em relação à Reposição Hormonal, hoje em dia, a medicina é critério, avaliando caso a caso. Há muitas opções, como os Implantes Hormonais, com uma excelente modulação.

 Espero ter ajudado e até o próximo Artigo!

 Assuntos que podem ser abordados pela Dra. Patrícia Bretz:  

 

 

  Endometriose

  Parto

  Implante Hormonal    

  Amamentação

  Menarca | Menopausa

  Contracepção

  Disfunções Sexuais

  Orgasmo

  Reposição Hormonal

  Disfunções Sexuais

  Doenças Sexualmente Transmissíveis

  Saúde da Mulher

 

Sobre a Dra. Patrícia:

 

    Graduada em Medicina pela ‘Universidade de Santo Amaro’ (2005).

 

    Especialização em Ginecologia e Obstetrícia pela ‘Universidade de Santo Amaro’ (2006 - 2009), Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) número 0226/2010

 

   Aperfeiçoamento em Ginecologia Oncológica pelo ‘Instituto Brasileiro de Controle do Câncer’ (2009 - 2011), Especialização em Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva pelo ‘Hospital Sírio Libanês’

 

 Mestrado em Bioética pela ‘Universidade São Camilo’ (2010 – 2012)


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