11/01/2019 às 17h30min - Atualizada em 11/01/2019 às 16h12min

Verão pede atenção nos cuidados contra o câncer de pele

Quando diagnosticados no início, paciente tem até 90% de chances de cura

No Brasil, o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença. De acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), a cada ano, cerca de 180 mil novos casos são registrados. Cuidados básicos, como medidas fotoprotetoras e diagnóstico precoce, são fundamentais.

A médica cirurgiã plástica, Mariana Freire, explica que o câncer de pele é muito comum e se divide em subtipos, como o Carcinoma Basocelular (CBC), o mais prevalente entre todos os tipos; o Carcinoma Espinocelular (CEC), que se manifesta nas células escamosas; e o Melanoma, um tumor mais agressivo.

Ela ressalta que o principal motivo para o aumento na incidência de casos se dá pela exposição solar sem a proteção devida. “Por conta de aberturas na camada de ozônio, os raios ultravioleta ultrapassam de forma mais intensa e chegam com uma irradiação maior na população. As pessoas que se expõem muito ao sol sem os devidos cuidados correm muito mais risco de desenvolverem tumores cutâneos.”

Mariana reforça a necessidade de atenção quanto a certas práticas, como se expor ao sol. “Em determinados horários, a exposição solar é mais perigosa, porque há uma concentração maior dos raios ultravioleta. Por isso, o horário mais seguro é até às 10 horas da manhã e após as 16 horas”, orienta, destacando ainda a importância do uso diário do protetor solar, mesmo em dias nublados, assim como bonés e camisetas com proteção contra raios ultravioleta.

O autoexame também integra a relação de ações contra o câncer de pele. “É muito importante conhecer o próprio corpo. Qualquer suspeita, como nódulos ou pequenas lesões que coçam, sangram ou machucam, precisam ser investigadas”, adianta Mariana.

Ela enfatiza que pacientes com pele e olhos claros têm menos proteção de melanina e acabam sofrendo mais influência da radiação solar, ou seja, as probabilidades de desenvolverem câncer de pele são maiores, podendo ser considerado um fator de risco. Fora isso, histórico familiar também pode estar relacionado aos casos.

Com isso, a cirurgiã plástica chama a atenção para campanhas criadas em todo o País, por ser uma das formas de a população ser orientada, inclusive sobre o diagnóstico precoce. “Quando a constatação é no início e a lesão é retirada, por meio de cirurgia, conseguimos a cura em maior parte dos casos”, reforça.  


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