As autoridades dos Estados Unidos informaram na noite dessa quarta-feira (14) que encontraram mais oito corpos no gigantesco incêndio que ocorre há uma semana no norte da Califórnia, e que, junto a outro que queima no sul do estado, já matou pelo menos 59 pessoas.
Em declarações à imprensa, o xerife do condado de Butte, Kory Assa, informou que as oito novas vítimas fazem subir o número total de mortos no chamado "Camp Fire", o mais mortífero da história do estado, para 56, enquanto as outras três mortes aconteceram na conflagração do sul.
Dos oito corpos achados, seis se encontravam no interior de edifícios e dois no lado de fora.
Honea também afirmou que 130 pessoas permanecem desaparecidas e seu escritório publicou uma lista com os nomes, idades e locais de residência de 103 delas.
A maioria dos desaparecidos vive na cidade de Paradise, de 26 mil habitantes e que foi completamente engolida pelas chamas.
Camp Fire
A cidade se encontra aos pés da Sierra Nevada, em meio a um clima seco e ensolarado que no último meio século atraiu muitos aposentados, o que fez com que a população se triplicasse em 50 anos.
A maioria das pessoas que aparece na lista de desaparecidos tem mais de 60 anos.
O "Camp Fire" queimou um total de 10.321 imóveis (8.650 deles casas particulares), arrasou 55.846 hectares e os bombeiros conseguiram conter apenas 35% das chamas.
O governador da Califórnia, Jerry Brown, e o secretário de Interior dos EUA, Ryan Zinke, visitaram hoje (15) a área afetada e prometeram auxílio estadual e federal para ajudar nas tarefas de recuperação.
Em paralelo, o escritório do xerife do condado de Los Angeles informou nesta quinta-feira que foi encontrado outro corpo, o que aumenta para três o número de mortos pelo incêndio batizado como "Woolsey Fire", que afeta, entre outras, as cidades de Malibu e Calabasas, no sul da Califórnia.