O secretário de transportes, João Otaviano, afirmou que uma das placas de apoio das juntas de dilatação, obrigatórias em estruturas elevadas, como pontes, viadutos e alças, cedeu. Otaviano disse que aguarda as equipes técnicas para fazer uma análise mais precisa do rebaixamento.
"Foi uma estrutura que se deslocou. Vamos fazer uma área de proteção, tomar medidas no entorno. Vai haver uma intervenção importante na região", afirmou. Ele disse que não é possível precisar quanto tempo durará a interdição na pista.
Segundo o secretário, não havia indícios de problemas no viaduto. "A estrutura estava funcionando normalmente. Seguramente, aconteceu alguma coisa fora do padrão, algum deslocamento. As equipes precisam entender e fazer a proteção da estrutura", completou. Otaviano garantiu que a Prefeitura de São Paulo faz avaliações em todas as obras viárias, mas ocorreu uma "situação particular".
A Polícia Científica informou que uma euipe de engenharia do Instituto de criminalística foi até o viaduto e serão elaborados laudos periciais para explicar as causas do desmoronamento e aconstatação dos danos. Após a conclusão, os laudos serão encaminhados ao 14º Distrito Policial, que vai investigar o caso.
O trânsito está sendo desviado para a pista local da Marginal Pinheiros. O primeiro ponto de desvio é na Ponte Cidade Jardim. Às 7h, as filas na pista expressa sentido Castello chegavam a 4 km, até a Ponte Eusébio Matoso. Na pista local, são 3 km de lentidão.
Com o tráfego todo desviado para a pista local, os motoristas não encontram um acesso direto para a Castello, que normalmente é feito pela pista expressa. Segundo a CET, é preciso continuar até a Marginal Tietê e fazer o retorno pela Ponte do Jaguaré, acessando a pista sentido Castello.
Uma das opções para evitar o trânsito é entrar na Avenida Professor Frederico Hermann, seguir na Avenida Professor Fonseca Rodrigues, passar por trás do Parque Villa Lobos e sair na Avenida Queiroz Filho.
Na região também funciona a linha 9 (Esmeralda), entre Grajaú e Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a linha não foi afetada.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados para inspecionar o viaduto. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitora o trânsito no local.
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